domingo, 16 de abril de 2023

DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE - segundo a teoria Freudiana.

Sigmund Freud (1856-1939) formou-se em medicina na Universidade de Viena, em 1881, e especializou-se em psiquiatria. Em 1915 elaborou o denominado Modelo Topográfico do psiquismo humano, dividindo os conteúdos e as operações da mente com base em serem eles conscientes ou inconscientes. Diferenciou três sistemas mentais, aos quais chamou de: inconsciente e consciente e pré-consciente. O consciente e tudo aquilo que temos percepção de nos mesmos. O inconsciente armazena conteúdos por nos reprimidos. A qualquer momento, através da atenção, podem se tornarem conscientes. O inconsciente designa aquilo que está barrado de penetrar na consciência, reprimido na profundidade do psiquismo. O Pré-Consciente é uma parte do inconsciente, que pode tornar-se consciente com facilidade. Para Freud há conexões entre todos os eventos mentais. Quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estão no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade esta resolvida. No inconsciente estão elementos instintivos, que nunca foram conscientes e que não são acessíveis à consciência. Além disto, há material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este material não é esquecido ou perdido, mas não lhe é permitido ser lembrado. Memórias muito antigas quando liberadas à consciência, não perderam nada de sua força emocional. A maior parte da consciência é inconsciente. Aqui estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, e pulsões ou instintos. Para termos acesso ao inconsciente podemos usar de ferramentas tais como: hipnose, interpretação dos sonhos, actos falhos e transfert. O consciente é somente uma pequena parte da mente, inclui tudo do que estamos cientes em um dado momento. Embora Freud estivesse interessado nos mecanismos da consciência, seu interesse era muito maior com relação às áreas da consciência menos expostas e exploradas, que ele denominava pré-consciente e inconsciente. Pré-Consciente é uma parte do inconsciente, mas uma parte que pode tornar-se consciente com facilidade. As porções da memória que são acessíveis fazem parte do pré-consciente, ele é como uma vasta área de posse das lembranças de que a consciência precisa para desempenhar suas funções. Em 1923, Freud dividiu o psiquismo humano, na denominada Teoria Estrutural, em três instâncias: id, ego e superego. De forma elementar pode se dizer que o id consiste nas representações dos instintos, o ego compreende as funções ligadas às relações do indivíduo com o seu ambiente e o superego reúne os preceitos morais e as aspirações ideais. Podemos considerar o id como o componente biológico da personalidade, o ego como o componente psicológico e o superego como o componente social. Freud acreditava que no psiquismo do recém nascido havia apenas id. O ego se desenvolveria posteriormente no processo de maturação do psiquismo e o superego ainda mais tarde. O id (palavra latina que significa isto) é o sistema original, inato da personalidade, do qual surgem os dois sistemas. É o reservatório de energia psíquica que fornece a força para a operação de toda a personalidade. Está em estreito contato com os processos físicos, dos quais recebe sua energia. O id contém os instintos básicos do sexo e da agressão (também chamados instintos de vida e de morte). Seu conteúdo não está diretamente disponível à consciência. Dizemos que existe num estado de repressão, o que significa que as forças ativas se opõem a sua transformação em conhecimento consciente. Para investigar esse conteúdo e os processos inconscientes, Freud desenvolveu os métodos da associação livre e análise dos sonhos. O id não pode tolerar aumentos dolorosos de tensão. Conseqüentemente, se seu nível aumentar, seja por estímulos externos, seja por excitações produzidas internamente, ele procurará descarregar esta enorme tensão imediatamente, de maneira impulsiva e muitas vezes irracional. Este método impulsivo de redução de tensão, pelo qual o id opera, é chamado o princípio do prazer. Nesta fase o complexo de Édipo e o complexo de castração estão presentes. O complexo de Édipo contém o desejo sexual da criança pelo progenitor do sexo oposto e sua hostilidade para o progenitor do mesmo sexo. No menino, o complexo de castração consiste no medo de que será emasculado pelo pai por desejar a mãe. Ma menina, consiste na inveja dos órgãos genitais mais salientes do homem. Ela também sente ter sido castrada no começo da vida como castigo por desejar o pai e odiar a mãe. Essa sensação é reforçada pela hemorragia que ocorre durante a menstruação. Os dois complexos exercem uma tremenda influência sobre nossos sentimentos e interações, tanto com o mesmo sexo quanto com o sexo oposto, ao longo de nossas vidas. O ego surge porque o id não se torna capaz de satisfazer as necessidades do organismo por meio de transações apropriadas e racionais com o mundo objetivo da realidade. Ele opera de acordo com o princípio da realidade, cujo objetivo é evitar a descarga de tensões do id até que se encontre um objetivo apropriado, no mundo externo, para aquela necessidade. Em seus contatos, usa a percepção, a memória e o pensamento. O ego é chamado de executivo da personalidade, pois dirige as portas que levam à ação, escolhe os aspectos do ambiente com os quais reagirá e decide quais instintos serão satisfeitos e de que maneira. Ele procura integrar as exigências freqüentemente conflitantes do id, do superego e do mundo externo. Isso não é uma tarefa fácil e às vezes lhe causa ansiedade. Para evitar a ocorrência de ataques de ansiedade, ele aprende a usar vários mecanismos de defesas. Superego é o representante interno dos valores ideais tradicionais da sociedade, como foram interpretados para a criança, por seus pais, e inculcados por meio de recompensas e castigos que se lhe impuseram. Constitui-se no braço moral da personalidade; representa antes o ideal do que o real, empenhando-se mais em obter perfeição do que prazer. O superego tenta inibir os impulsos do id, especialmente os do sexo e da agressão, já que esses são aqueles cuja expressão é mais intensamente condenada pela sociedade. Tenta também convencer o ego a trocar metas realistas por moralistas. Com a formação do superego, o domínio sobre si mesmo substitui a direção dos pais ou externa. Sob circunstâncias comuns, esses princípios divergentes costumam colaborar como um conjunto sob a liderança administrativa do ego. A personalidade funciona normalmente como um todo integrado, muito mais do que como três segmentos separados. RELACAO ENTRE OS TRES SUBSISTEMAS A meta fundamental da psique é manter e recuperar, quando perdido, um nível aceitável de equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer. A energia que é usada para acionar o sistema nasce no Id, que é de natureza primitiva, instintiva. 0 ego, emergindo do id, existe para lidar realisticamente com as pulsões básicas do id e também age como mediador entre as forças que operam no Id e no Superego e as exigências da realidade externa. O superego, emergindo do ego, atua como um freio moral ou força contrária aos interesses práticos do ego. Ele fixa uma série de normas que definem e limitam a flexibilidade deste último. REFLEXAO PESSOAL 1. Faça uma lista das características desejáveis e indesejáveis de seus pais. 2. Examine, registre e reflita as semelhanças e diferenças. Existem traços comuns entre vocês? FASES PSICOSSEXUAIS DO DESENVOLVIMENTO Freud acreditava que a personalidade é moldada pelas primeiras experiências, quando as crianças passam por um conjunto seqüencial de fases psicossociais. O termo “psicossocial” deriva da idéia de que a libido, que nada mais é do que energia sexual é colocada em regiões corporais diferentes, conforme o desenvolvimento psicológico progride. Três áreas corporais que Freud chamou de zonas erógenas – boca, anus e genitais – respondem intensamente à estimulação do prazer. (Davidoff, 508). Para ele, as fases são experimentos de nossas vidas, dia a pós dia, com uma progressão continua. Em cada fase do desenvolvimento, uma zona é especificamente influente. Essas fases desempenham um papel fundamental na formação da personalidade. Para melhor entendermos este modelo, devemos ter em mente as pulsões biológicas. Durante toda a nossa vida, somos motivados pela necessidade de suprimos nossas pulsões básicas. Para Freud essas pulsões mudam com o decorrer da vida, pois os objetos que a gratificam mudam também. Freud concluiu que existem cinco fases, sendo que as quatro primeiras ocorrem na infância e a última na adolescência como veremos na seqüência. Fase Oral: Desde o nascimento, necessidade e gratificação estão ambas concentradas predominantemente em volta dos lábios, língua e, um pouco, mais tarde, dos dentes. A pulsão básica do bebê não é social ou interpessoal, é apenas receber alimento para atenuar as tensões de fome e sede. No início, ela associa prazer e redução da tensão ao processo de alimentação. Características adultas que estão associadas à fixação parcial na fase oral: fumantes, pessoas que costumam comer demais, gostar de fazer fofoca, sarcasmo. Fase Anal: À medida que a criança cresce, novas áreas de tensão e gratificação são trazidas à consciência. Entre dois e quatro anos, as crianças geralmente aprendem a controlar os esfíncteres anais e a bexiga. A obtenção do controle fisiológico é ligada à percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer. Características adultas que estão associadas à fixação parcial nesta fase: ordem, parcimônia e obstinação. Fase Fálica: É a fase que focaliza as áreas genitais do corpo. É o período em que uma criança se dá conta de seu pênis ou da falta de um. É a primeira fase em que as crianças tornam-se conscientes das diferenças sexuais. Nesta fase é vivida a primeira etapa do Complexo de Édipo (a segunda será vivenciada na adolescência). Na infância, todo complexo é reprimido. Mantê-lo inconsciente, impedi-lo de aparecer, evitar até mesmo que se pense a respeito ou que se reflita sobre ele, essas são algumas das primeiras tarefas do superego em desenvolvimento. Período de Latência: Na idade de 5 a 6 anos até o começo da puberdade, é compreendido como um tempo em que os desejos sexuais não-resolvidos da fase fálica não são atendidos pelo ego e cuja repressão é feita, com sucesso pelo superego. Durante este período, a sexualidade normalmente não avança mais, pelo contrário, os anseios sexuais diminuem de vigor e são abandonadas e esquecidas muitas coisas que a criança fazia e conhecia. Nesse período da vida, depois que a primeira eflorescência da sexualidade feneceu, surgem atitudes do ego como vergonha, repulsa e moralidade, que estão destinadas a fazer frente à tempestade ulterior da puberdade e a alicerçar o caminho dos desejos sexuais que se vão despertando. Fase Genital: A fase final do desenvolvimento biológico e psicológico ocorre com o início da puberdade e o conseqüente retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais. Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais. Uma pessoa fixada em uma determinada fase preferirá satisfazer suas necessidades de forma mais simples ou infantil, ao invés dos modos mais adultos que resultariam de um desenvolvimento normal. Quando uma fase não consegue ser suprida, Freud usa o termo fixação. A fixação esta associada com a regressão, que é a tendência para retroceder a um modo de gratificação anterior, em geral sob stress. O Complexo de Édipo O Complexo de Édipo que ocorre aproximadamente entre os 3-5 anos de idade é uma relação de desejos amorosos e hostis que a criança vivencia em relação aos seus pais no pico da fase fálica. O rival da criança é o genitor do mesmo sexo, pois seu objeto de amor é do sexo oposto. Nessa estrutura triangular a interação entre os desejos inconscientes dos pais e as pulsões da criança desempenha papel fundamental na constituição do cenário edípico. Faz-se necessário uma intervenção do rival, a fim de marcar e limitar o sujeito. Em sua forma completa, num nível inconsciente, ambas as formas coexistem devido à ambivalência da criança e sua necessidade de proteção. A relação dialética entre ambas as formas poderá determinar se o desejo humano seguirá uma orientação homo ou heterossexual. Segundo Freud, a menina é obrigada a admitir sua castração mais rapidamente. Ela passa então a considerar o homem como detentor do falo, ocupando assim uma posição de superioridade. Apesar disso, se rebela contra a possibilidade de não vir a possuir um pênis um dia, passando a invejar o órgão masculino. Desta forma, a sexualidade da menina poderá trilhar três caminhos. São eles: • No primeiro, frustrada pela comparação com os meninos, a menina cresce insatisfeita com seu clitóris e abandona sua atividade fálica e sua masculinidade. • No segundo, ela agarra-se à sua masculinidade ameaçada e até uma idade tardia é movida pela esperança de conseguir um pênis. Esperança esta, que se torna um objetivo e que faz surgir a fantasia de ser um homem. Freud denomina este segundo caminho de complexo de masculinidade, que nas mulheres explicaria uma escolha homossexual manifesta. • O terceiro caminho, a menina atingirá a atitude feminina normal final, tomando então o pai como objeto amoroso. O complexo de castração tem efeito mais tardio no menino e ocorre quando este se lembra das ameaças de castração realizadas por seus pais frente à suas atividades masturbatórias. De forma semelhante com o que ocorre com as meninas nas experiências infantis sexuais, os meninos ao visualizarem o órgão sexual das meninas de sua idade, constatam que estas, ao contrario do que acreditavam, não possuem pênis. Eles porem não se conformam com esta diferença anatômica, e sustentam a fantasia de que as meninas possuem um pequeno pênis que um dia irá crescer. Quando percebe que sua mãe, uma adulta também é desprovida de pênis, o menino se vê angustiado, pois relembra as ameaças de castração feitas por seus pais diante de sua atividade masturbatória. O menino aceita então a interdição da mãe enquanto objeto sexual e reconhece a lei paterna, no intuito de conservar seu pênis. Esta interdição que só é possível pelo efeito do complexo de castração, que destrói o complexo de Édipo nos meninos. Em A Dissolução do Complexo de Édipo (1924d) Freud diz: “Quando o ego não conseguiu provocar mais do que um recalcamento do complexo, este permanece no id no estado inconsciente; mais tarde irá manifestar sua ação patogênica.” O declínio do complexo de Édipo ocorre na entrada do período de latência, que estão relacionados à ameaça de castração nos meninos e ao desejo de ter um bebê nas meninas. Caso o mesmo não seja resolvido nesta fase, será vivenciado na puberdade com muito mais ferocidade. O Complexo de Édipo mantem sua função de um organizador inconsciente durante toda a vida.. REFLEXÃO PESSOAL 1. Faça uma lista das pessoas de que você mais gostou ou que amou em sua vida – excluindo seus pais. Liste homens e mulheres separadamente. 2. Descreva os aspectos desejáveis e indesejáveis de cada pessoa. 3. Examine, registre e reflita sobre as semelhanças e diferenças nas listas. Existem traços em comum entre os homens e mulheres? A Educação Sexual das Crianças Para Freud, as crianças devem receber educação sexual assim que demonstrarem algum interesse pela questão. Essa resposta é de uma decorrência natural do fato de entender que, se já existe na experiência da criança algo de natureza sexual, não há por que negar a ela as informações através das quais poderá dominar, intelectualmente, o que já e conhecido no plano da vivência (Kupfer, 46). Segundo Freud, os pais geralmente procuram esconder com fábulas à verdadeira historia da origem da criança. Utilizam fabulas da cegonha, sapo, fada, com medo de despertarem precocemente a uma sexualidade. O erro dos pais e dos educadores se pela ignorância teórica, facilmente solucionável através do esclarecimento sobre a sexualidade infantil. Freud vai alem, e relata que as praticas educativas são determinadas pelos recalcamentos sofridos pelo educador, que incidem sobre a parte infantil da sua sexualidade (Kupfer, 47). A Aprendizagem Segundo Freud Freud não explorou temas sobre educação, no entanto, gostava de pensar nos determinantes psíquicos que levam alguém a ser um “desejante do saber” Neste contexto entra as crianças, que, a partir de um determinado momento, bombardeiam os pais com por quês (Kupfer, 79). Para Kupfer, devemos buscar resposta para a seguinte pergunta: O que se busca quando se quer aprender algo? A partir desta reflexão poderemos saber o que é o processo de aprendizagem, visto que este depende da razão que motiva a busca do conhecimento. Para Freud o momento fundamental e decisivo na vida do sujeito, se da quando ele descobre a diferença sexual anatômica, a partir deste momento “descobrem” que o mundo se divide em homens e mulheres. Esta descoberta implica a entender que de fato alguma coisa faltava. A criança descobre diferenças que a angustiam. É essa angústia que a faz querer saber (Kupfer, 80). Espera-se que ao final da época do conflito edipiano, o interesse sexual fique reprimido, dando lugar a sublimação. Por não poderem ou estarem mais interessadas em saber sobre sexualidade, procedem por um deslocamento dos interesses sexuais, para objetos não sexuais. Para Freud, esta investigação sublimada, nada mais é do que pulsão de domínio. Para os educadores, nada mais e do que a pulsão do saber.

domingo, 2 de abril de 2023

ANSIEDADE

Existem três emoções negativas mais importantes que produzem uma experiência emocional desagradável, como a ansiedade, a raiva e a tristeza. Estas são consideradas hoje em dia as emoções negativas que tendem a comprometer a saúde das pessoas. Por exemplo, em períodos de estresse, quando as pessoas desenvolvem muitas reações emocionais negativas, é mais provável que surjam certas doenças relacionadas com o sistema imunológico, como a gripe, herpes, diarréias, ou outras infecções ocasionadas por vírus oportunistas. Dentro das emoções negativas, uma das reações emocionais que mais se destaca é a ansiedade, pois é um estado emocional, associado a múltiplos transtornos. Uma segunda emoção negativa que está sendo muito estudada é a raiva, por sua estreita relação com os transtornos cardiovasculares. Finalmente, a tristeza e sua representação psicopatológica, a Depressão, pelo fato desta se acompanhar, em geral, de altos níveis de ansiedade. A ansiedade pode ser considerada como uma reação natural que se produz diante de certos tipos de situações na qual a pessoa necessitaria de recursos adaptativos extras. As situações onde se desencadeiam a reação de ansiedade têm em comum, em geral, a previsão subjetiva de possíveis conseqüências negativas para o indivíduo. Quando a pessoa experimenta altos níveis de ansiedade, durante tempo prolongado, seu bem estar psicológico se encontra seriamente prejudicado, seus sistemas fisiológicos podem se alterar por excesso de solicitação, seu sistema imunológico pode ser incapaz de defender seu organismo, seus processos cognitivos podem se prejudicar, provocando uma diminuição do rendimento e, finalmente, a evitação das situações que provocam essas reações ansiosas pode comprometer sua vida sócio-ocupacional. As tentativas de livrar-se da ansiedade nem sempre têm êxito, pois algumas pessoas que aparentam certa tranqüilidade podem estar desenvolvendo uma alta reatividade fisiológica. São pessoas obrigadas, pelo papel social que desempenham, a dissimular sentimentos diuturnamente, mas nem por isso significa que não estão, intimamente, experimentando tais emoções. A ansiedade apesar de ser considerada uma reação emocional normal e que surge como resposta do organismo diante de determinadas situações, quando sua freqüência, intensidade ou duração forem excessivas, torna-se patológica. Psiquiatricamente a presença de forte estado ansioso, não somente pode ser a base dos denominados Transtornos de Ansiedade, mas também estar associada freqüentemente à depressão. Muitos estudos vêm apontando os transtornos psicossomáticos como: transtornos cardiovasculares, digestivos, as cefaléias, a síndrome pré-menstrual, a asma, transtornos dermatológicos, transtornos sexuais, a dependência química, os transtornos da alimentação e debilidade do sistema imune. As emoções negativas podem, por sua vez, determinar não apenas uma repercussão orgânica, como de vê em psicossomática, mas, sobretudo, uma repercussão psico-emocional. Neste caso, o excesso de ansiedade poderia se traduzir por Transtornos de Ansiedade. Atualmente as classificações internacionais (CID.10 e DSM.IV) reconhecem as seguintes manifestações clínicas da ansiedade patológica: - Ataque de Pânico: caracteriza-se por crise súbita de sintomas de apreensão, medo intenso ou terror, acompanhados habitualmente de sensação de morte iminente. Aparecem também durante estes ataques, sintomas como palpitações, opressão ou mal estar torácico, sensação de sufocamento, medo de perder o controle, de ficar louco. - Agorafobia: caracteriza-se pelo aparecimento de ansiedade ou comportamento de evitação de lugares ou situações de onde escapar pode ser difícil ou complicado, ou ainda de onde seja impossível conseguir ajuda no caso de se passar mal. - Fobia específica: caracteriza-se pela presença de ansiedade clinicamente significativa, como resposta à exposição a determinadas situações e/ou objetos específicos temidos irracionalmente, dando lugar a comportamentos de evitação. - Fobia social: caracteriza-se pela presença de ansiedade clinicamente significativa como resposta a situações sociais ou atuações em público, e também podem dar lugar a comportamentos de evitação. - Transtorno obsessivo-compulsivo: caracterizam-se por obsessões que causam ansiedade e mal estar significativos, e/ou compulsões, cujo propósito é neutralizar a ansiedade. As obsessões são idéias involuntárias, recorrentes, persistentes, absurdas e geralmente desagradáveis que aparecem com grande freqüência sem que a pessoa possa evitá-las. As compulsões são comportamentos repetitivos e litúrgicos que se realizam em forma de rituais. - Transtorno por estresse pós-traumático: caracteriza-se pela recorrência de experiências ou de acontecimentos altamente traumáticos, e comportamento de evitar os estímulos relacionados com a situação vivida como traumática. - Transtorno por estresse agudo: caracteriza-se por sintomas parecidos com o transtorno por estresse pós-traumático que aparecem imediatamente depois de um acontecimento altamente traumático. - Transtorno de ansiedade generalizada: caracteriza-se pela presença de ansiedade e preocupações excessivas e persistentes durante pelo menos seis meses. - Transtorno de ansiedade induzido por sustâncias: caracteriza-se por sintomas proeminentes de ansiedade secundários aos efeitos fisiológicos diretos de uma droga, fármaco ou tóxico. - Transtorno de ansiedade no especificado: existe para encaixar aqueles transtornos que se caracterizam por ansiedade ou evitação fóbica proeminentes, que não reúnem os critérios diagnósticos dos transtornos de ansiedade já mencionados. Cigarro provoca mais ansiedade A idéia de que o cigarro acalma os nervos parece estar distante da realidade dos fumantes que se justificam pelo efeito calmante do tabaco e nicotina. Pesquisa recente indica um aumento no risco de problemas de ansiedade em pessoas que fumavam, durante a adolescência, pelo menos um maço de cigarros por dia. As pessoas ansiosas por natureza começam a fumar por pensarem que o cigarro vai acalmá-las e ajudar a se portarem adequadamente em situações sociais, mas isto na verdade não ocorre. Pesquisas levam por terra essa argumentação. Adolescentes que já tinham problemas de ansiedade não se tornavam, necessariamente, dependentes do cigarro. É possível que o cigarro torne as pessoas mais ansiosas porque afeta seu sistema respiratório ou, então, a nicotina seja geradora de ansiedade, arriscam. Sabe-se que, causando ou não problemas de ansiedade, o tabaco é responsável pelo desenvolvimento de uma série de doenças. Vinte e cinco por cento das mortes causadas por doença coronariana, 85% daquelas causadas por doença pulmonar obstrutiva crônica e 30% das decorrentes de todos os tipos de câncer estão associados ao consumo do cigarro. No Manual de Tabagismo do Dr. Luiz Fernando Pereira obtemos informações gerais das causas e problemas, bem como, técnicas que podemos usar para abandonar o vicio do cigarro. A nicotina causa dependência por meio de processos biopsicossociais parecidos com os da cocaína, álcool e heroína. O cérebro dos viciados em nicotina tem grande número de receptores que dependem da nicotina para funcionarem bem. A nicotina atinge o cérebro em menos 10 segundos e causa liberação de dopamina, endorfinas, etc. Essas substâncias são responsáveis por sensações de prazer, melhora da concentração, melhora do humor e redução dos sintomas de abstinência. O dependente da nicotina aprende e acredita que o cigarro: • “Preenche vazios internos”, • “É companheiro”, • Ajuda a lidar com o estresse, • Ajuda a lidar com os sentimentos positivos ou negativos, • Facilita as interações sociais e • Leva a sensação de segurança. Aproximadamente 30% dos adultos são fumantes e consomem mais de 7 trilhões de cigarros/ano. A alta porcentagem de fumantes se deve em parte: • Ao poder de viciar da nicotina, • A pouca orientação dos jovens quanto aos riscos do tabaco, • A falta de aplicação das leis anti-fumo, • A falta de legislação mais rígida proibindo o fumo, • As mentiras divulgadas pela mídia • E a grande facilidade para comprar o cigarro. Fumar causa prejuízo a saúde • Vasoconstricção e redução do fluxo de sangue para os tecidos, • lesão do endotélio dos vasos, • Aumento da agregação plaquetária, • Aumento da pressão arterial, • Aumento da freqüência cardíaca, • Redução do colesterol bom (HDL), • Redução da liberação do oxigênio para os tecidos (carboxihemoglobina), • Aumento da acidez do estômago; • Irritação e inflamação dos olhos, garganta e vias aéreas, • Paralisação e destruição dos cílios das vias aéreas, dificultando e eliminação de muco e catarro, • Aumento da produção de radicais livres que lesam as células, • Aceleração da arteriosclerose. • Triplica o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos e • Má circulação nas pernas, • Impotência sexual e • Causa câncer na: boca, faringe, laringe, traquéia, pulmões, esôfago, estômago, rins, bexiga, colo do útero etc. Fumo e doenças respiratórias Fumar aumenta a queda da capacidade respiratória com a idade e aumenta o risco de problemas respiratórios como: • Tosse, chiado e falta de ar, • Bronquite crônica e enfisema • Laringite (rouquidão), • Infecções das vias respiratórias, • Crise de asma. Fumante passivo As pessoas que estão próximas dos fumantes, especialmente em ambientes fechados, inalam mais de 400 substâncias que podem prejudicar a saúde. O fumante passivo tem maior risco de câncer de pulmão e infarto do miocárdio. As crianças que convivem com pais fumantes tem maior risco de infecções respiratórias, bronquiolites, asma, otite e infecções da garganta (amigdalites). A gestante fumante tem maior chance de abortar, de ter filho prematuro, de baixo peso e de morte do filho no período perinatal. O fumo passivo pode causar dor de cabeça, tontura, irritação dos olhos e nariz, aumento de problemas respiratórios, etc. A dependência a nicotina é tão intensa que a maioria dos pacientes que sofrem infarto, derrame cerebral ou tem câncer voltam a fumar, após a alta hospitalar. Parar de fumar significa melhora: • Da capacidade física, • Do gosto pelos alimentos, • Do olfato, • Redução do risco de câncer, • Redução do risco de doenças cardiovasculares e respiratórias, • Aumento da expectativa de vida, • Na redução dos gastos com saúde, • Da situação financeira por não comprar cigarros. Tratamento para interromper com o vicio Parar de fumar não é um ato isolado na vida. A sensação de perda é muito grande e o fumante deve encarar a cessação como uma oportunidade de fazer um balanço e modificar seus hábitos e estilo de vida. Apenas 5% dos fumantes conseguem parar de fumar por conta própria. O tabagismo é uma doença crônica, e o fumante deve ser tratado como um dependente de drogas. A maioria dos fumantes necessitam de auxílio médico e muitos de remédios que reduzam a vontade fumar e os sintomas de abstinência. Muitos fumantes só conseguem parar de fumar após 3 ou 4 tentativas. O tratamento do tabagismo se baseia em orientações, terapia, reposição de nicotina, com emplastro ou goma de mascar, para reduzir os sintomas de abstinência, uso de medicamentos que reduzam a vontade de fumar (bupropiona) e apoio de amigos, familiares e profissionais da saúde. Como parar de fumar? • Anote os motivos mais importantes que o levaram a parar de fumar. • Anote as situações nas quais você fuma automaticamente, • Modifique sua rotina e encontre alternativas para não fumar durante os gatilhos • Marque o dia que ira parar de fumar • Escolha um dia especial • Evite dias agitados e estressantes • Utilize a medicação que seu médico • Reduza o número de cigarros fumados • Limpe a casa, local de trabalho e carro. Jogue fora cinzeiros e isqueiros, acabe com o cheiro do tabaco • Peça ajuda aos amigos e familiares. Abstinência O tabagista fuma para evitar os sintomas de abstinência. Esses sintomas surgem algumas horas após o último cigarro, atingem o pico em 2 a 3 dias e desaparecem depois de 2 a 4 semanas. As manifestações mais comuns da são: • Ansiedade, • Irritação, • Insônia, • Mal humor • Desânimo, • Dificuldade de concentração, • Aumento do apetite e • Vontade intensa de fumar Como reduzir o estresse e driblar a vontade de fumar • Pratique esportes e caminhadas • Respire lentamente e profundamente • Beba bastante água • Coma alimentos leves • Para não engordar pratique esportes e faça dietas mais saudáveis. ANSIEDADE E OS TRANSTORNOS ALIMENTARES Para Rosemeire Zago a ansiedade é uma das maiores dificuldades e o maior obstáculo para quem está querendo emagrecer, podendo estar diretamente relacionada com os Transtornos Alimentares. Os quadros ansiosos mais patológicos podem ser classificados em vários transtornos e um deles é o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, que é um transtorno que visa um alívio da ansiedade. Como os comportamentos compulsivos tendem a ser repetitivos e contínuos, muitas vezes eles acontecem automaticamente, por isso que observar e ter consciência desses comportamentos pode ajudar a controlá-los. Esses comportamentos têm o objetivo de prevenir, reduzir ou aliviar o desconforto gerado pela idéia obsessiva, alguma situação temida ou, ainda, aliviar a ansiedade gerada por alguma situação. São hábitos aprendidos por alguma gratificação emocional imediata que proporcionam. Mas, essa pseudo-gratificação emocional, seja pelo prazer ou alívio do desprazer, reforçará com que se repita sempre, mas com o tempo, depois desse alívio imediato, segue-se a culpa por não ter conseguido controlar-se. Mesmo assim, a gratificação inicial permanece forte, levando a repetição. Por exemplo, a pessoa está ansiosa e come para aliviar sua ansiedade. Imediatamente há a gratificação com o alívio da ansiedade, que é relacionado com o ato de comer, mas passado algum tempo, sente culpa pela falta de controle por ter comido exageradamente. Isso a fará com que coma de novo, pois registrou em sua mente que a comida tem a capacidade de aliviar o que sente. É um círculo vicioso que pode ser rompido através da conscientização, tanto dos seus sentimentos, como dos comportamentos compulsivos. Pessoas com comportamentos compulsivos sentem angústia ou ansiedade na ausência ou na impossibilidade em realizar a atividade compulsiva, fazendo com que se torne dependente dessas atitudes, podendo reservar um tempo significativo para tais realizações e comprometendo muitas vezes o trabalho, a vida familiar e afetiva. Referencia Biográfica DMS-IV-TR _ Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre. Artmed, 2002. Kaplan & Sadock. Compendio de Psiquiatria – Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clinica. 9ª. Edição, Porto Alegre, Artmed. Gerry Richard J. & Zimbardo Philip G. A Psicologia e a Vida. Porto Alegre: Artmed, 2005. Saúde Mental. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=23423. Acessado em 22.08.2007 http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?362, Acessado em 22.08.2007. Tabagismo e Ansiedade. Disponível em http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol30/n6/221.html. Acessado em 22.04.08. Zago, Rosimeire. Disponível em http://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/050404_psy_ansiedade2.htm. Acessado em 22.05.08. http://ligapneumo.vilabol.uol.com.br/manual_tabagismo.htm. Acessado em 23.05.08. http://www.ansiedade.com.br/ansiedade/ Acessado em 22.05.08.

sábado, 4 de fevereiro de 2023

CARREIRA E VIDA - ORIENTACAO VOCACIONAL

“A única maneira de saber os limites do possível é aventurar-se um pouquinho pelos caminhos do impossível”. (Athur Clarke) Você pode perder seus medos mais íntimos e convier com suas inseguranças. Você pode se tornar uma pessoa bem sucedida. Você pode aprender todas as teorias e técnicas que desejar. Pode desenvolver habilidades sequer imaginadas e conseguir qualquer coisa que você realmente deseje. Entretanto, se você não tiver disciplina, comprometimento para correr atrás de seus sonhos, a vida pode ficar sem sentido e tornar-se fazia. Para a maioria dos cientistas sociais, o trabalho esta ligado á própria origem do homem. Trabalhar é entrar numa corrida de obstáculos, onde o que está em jogo é a própria sobrevivência. O ser humano se distingue das outras espécies animais pela sua capacidade de produzir trabalho. Quando cruzamos a linha de chegada de um objetivo alcançado, estamos nos firmando como indivíduos, celebrando uma vitória. No decorrer da vida profissional muitas vezes caímos involuntariamente em algumas armadilhas. Por exemplo, alguém que se dedica a uma atividade qualquer durante anos a fio, buscando apenas o sentido econômico. Um dia percebe que o tempo passou, e os sonhos também. Muitas vezes provocando sentimentos de vazio e perda. SONHAR É PRECISO Quando desejamos alcançar algo novo, ou sair da rotina, necessitamos antes de tudo sonhar e ter a alegria de viver. “Eu não me engenho de corrigir e mudar minhas ideias, porque não me envergonho de raciocinar e aprender”. (Herculano) Desmitifique seus sonhos. Converse com alguém que esteja com medo de alguma coisa e procure compreender as causas deste medo com fatos concretos. Perceberá que os medos na maioria dos casos são compostos de fantasmas e fantasias. São “pre-ocupações” com o futuro, ao invés de “ocupação” com o presente. O desconhecido, trajetória do que está por vir é vivenciada com angustia do novo e da possibilidade do erro, da impotência para solucionar problemas e todas as ameaças que possam existir. Dentro desta procura da auto realização no mundo profissional, existem pessoas que se destacam. Elas não trabalham apenas por trabalhar, para ganhar um salário. Elas buscam o prazer, a realização pessoal. Aquela sensação agradável de fazer o que gosta. Para elas no final do dia, quase sempre o cansaço se mistura a um sentimento de satisfação. Aves da Através do trabalho, ou melhor, paixão pelo seu oficio, se transformam e estão ajudando a transformar o mundo. A carreira, as escolhas do trabalho, as opções profissionais. Tudo isto tem impacto imediato e significativo na qualidade de vida. O trabalho é umas das esferas mais importantes da vida e se não encontrarmos sentido nele ou se ele não trouxer resultados almejados, uma inevitável sensação de vazio e perda nos acompanhará. Uma vida realizada é consequência de um conjunto de ações, que combinam entre si, que são: trabalho, lazer e afeto. PLANEJANDO SUA CARREIRA O futuro tem a forma de um “X”. É assim, com uma cruzinha num formulário de vestibular, que um exército de mais de um milhão assinalam o curso. Assim é que começa muitas vezes o inicio de uma carreira. A preocupação com a carreira ocorre quase sempre ás vésperas do vestibular. Raros são os jovens que se preocupam em discutir com antecedência, o que vão ser quando crescerem. A incerteza é angustiante. Optar por uma profissão é um processo trabalhoso. Para escolher uma profissão, antes de tudo, é preciso ouvir seu interior e planejar sua carreira. Planejamento implica o desenvolvimento de um para realizar os objetivos e metas. Por isso o planejamento a envolve reconhecer a necessidade de ação, investigar e analisar as necessidades, desenvolver uma proposta de ação com base na investigação e na análise, e tomar uma decisão. A CARREIRA ADMINISTRADA COMO UM NEGÓCIO A carreira em si é um patrimônio a ser preservado. Um patrimônio que requer investimento, que gera renda, que traz retorno. É um negócio. Podemos descrever um negócio como algo que implica riscos, que busca excelência e necessita de recursos financeiros para alavancar. Atividade Reflexiva Luiz, 30 anos, é funcionário de uma empresa, ocupa hoje um cargo de supervisão e deseja crescer. Percebe-se que Luiz tem uma carreira e que almeja novos horizontes. O que ele necessita fazer para evoluir na carreira? A carreira necessita ser administrada. Decisões erradas geram muitos atropelos no futuro. Um trajeto errado significa perdas. Em compensação, se acertar no planejamento e na execução das atividades essenciais da carreira o profissional chegará muito mais longe, obtendo retornos mais significativos. Negócios precisam ser administrados, com:  Planejamento: analisando adequadamente a situação em que nos encontramos e definir os rumos a tomar (traçar metas e o que fazer para alcança-las) .  Organização: Estabelecendo funções, atividades, procedimentos de manuseio de informações necessários a que as tarefas cruciais para o sucesso da carreira seja realizada com a máxima eficiência.  Controlando: Medindo e analisando sistematicamente os progressos da carreira. Adotando práticas corretivas quando necessário e usando as avaliações de resultados, para tomar novas decisões que levem a evolução da carreira. Organize-se par ir mais longe. A desorganização dificulta a evolução da carreira. Siga os passos mais relevantes:  Responsabilidade: Todo profissional assume responsabilidade na vida. Isso é fundamental para fazer ligações efetivas com os outros, para apresentar serviços, aprender, produzir e crescer.  Atividades: Defina as atividades. Muitas pessoas se dedicam a atividades erradas ou dá mais ênfase a de menor importância, do esquecendo-se do essencial.  Tempo: É fundamental usar bem o tempo, seja na perspectiva do ciclo de vida da carreira, seja na perspectiva de um dia de trabalho.  Recursos: Faça um investimento para adquirir recursos para iniciar a carreira, tais como: curso idiomas, computador, celular e outros. CRIANDO SEU SISTEMA DE INFORMAÇÃO PROFISSIONAL Todo profissional necessita de determinadas informações para a formação da carreira. Uma boa ideia é a organizar material de interesse. Para organiza-lo: 1. Faça uma lista das informações que são úteis para a sua carreira; 2. Passe a recortar todo o assunto que lhe interessa nos jornais e revistas; 3. Arquive o material coletado de modo organizado para fácil localização; 4. Mantenha os arquivos atualizados. CONTROLANDO OS ITENS FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO Antes de tudo, mantenha sua mente ligada em resultados. Analise isto em termos quantitativos e qualitativos. Pergunte-se sempre: Estou atingindo os resultados que almejava, dentro do tempo previsto? As percepções dos acontecimentos que passa a nossa volta, e do rumo que tomam, se tornam um fator determinante na vida de qualquer profissional. Se o mesmo não sintonizar com o contexto atual, poderá tomar decisões inadequadas, sejam elas na vida pessoal ou profissional, desperdiçando tempo e energia. Faz-se necessário ter uma visão adequada de si próprio. Este é outro fator importante para a domada de decisões eficientes. Muitas coisas podem não dar certo quando a pessoa superestima uma qualidade sua e faz uma estratégia baseada no talento que não tem. É fundamental saber o que podemos e o que não podemos realizar, quais são os pontos fracos e os pontos fortes. É importante ter um esquema para tomar as decisões importantes a nossa carreira. As decisões estratégicas são capazes de afetar decisivamente o futuro. Conhecer bem a natureza é fundamental não só para reduzir o estresse da tomada de decisão, mas também para ampliar o grau de acerto. As decisões estratégicas:  São voltadas para o futuro com prazos;  Geram riscos, já que não temos certeza;  Tem grande impacto sobre o direcionamento dos esforços e recursos;  Envolve análise, julgamento, informação, porque tudo isto produz uma estrutura lógica e racional para decisões mais seguras;  Envolvem intuição e sensibilidade. As tomarmos decisões, precisamos levar em conta tudo isso e aceitar que:  É importante abstrair-se um pouco do presente e olhar o futuro;  É importante reduzir a incerteza e o risco mas é impossível elimina-los;  É necessário reduzir a incerteza e abandonar o que não foi selecionado;  É essencial, por fim, confiar na própria intuição e conhecer bem os próprios valores para fazer as escolhas. UM ESQUEMA PARA DECIDIR Análise do Mercado – Oportunidades e Ameaças Análise de Si Mesmo – Seus Pontos Fortes e Fracos Definição de Objetivos Definição das Estratégias Definição do Plano de Ação O MERCADO TENDÊNCIAS – OPORTUNIDADES E AMEAÇAS Antes de tomar qualquer decisão de carreiras, é fundamental que o profissional tenha a humildade de perceber que não pode tudo. Existe um mercado hoje globalizado, que necessita ser observado com cuidado. Este ambiente é que dita as regras do jogo. As características requeridas para um profissional, a evolução de uma determinada área, as rotas de sucesso entre outras. A primeira coisa a fazer no planejamento da carreira é olhar para o ambiente externo e ver o que ele nos sinaliza. Ele vai nos apontar para onde ir e o que é vantajoso fazer. Deve-se analisar qual é a tendência do mercado, que vem para ficar e não o que é moda que é passageira. O sucesso da carreira depende da qualificação. Por exemplo, o profissional pode ter sérias dificuldades para viajar de avião, uma qualificação/vantagem. Ao mesmo tempo, ter sérias dificuldades para viajar de avião, uma desqualificação/desvantagem. Portanto, conheça seus pontos fortes que o tornam apto a uma atividade, e os pontos fracos características que trazem limitações para seu desenvolvimento. CARACTERISTICAS QUE GERAM PONTOS FRACOS E FORTES Qualificação Intelectual Capacidade de Análise Memória Criatividades Valores – Coisas que Você Acredita Qualificação Emocional Atitudes Comportamento Temperamento Experiência Profissional Empregos Cargos e Atividades Trabalhos Realizados Dados Pessoais Renda, idades, sexo, moradia, tipo físico e outros. Precisa-se ter uma percepção adequada dos pontos forte e fracos, pois se não tiver, tende-se a estabelecer estratégias fundamentadas em premissas falsas. É importante ter consciência que os pontos fracos e fortes definem o objetivo desejado. Por exemplo, o que é ponto forte para o setor de vendas, pode não ser para a função de farmacêutico. “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha, sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo, nem a si mesmo, perderá todas as batalhas”. (Sun Tzu) QUAL É A SUA PAIXÃO PROFISSIONAL? Qual é a atividade em que você daria o máximo de contribuição para as pessoas? Do que você realmente gosta? No que deseja realmente dedicar-se? São algumas perguntas chaves para definir sua carreira profissional. Atividade Reflexiva 1. No que sou realmente competente? 2. Quais são as atividades e áreas em que poderei ter maior utilidade? 3. Do que realmente gosto? 4. O que é realmente compatível com meu contexto atual em termos de recursos e oportunidades? 5. Para as pessoas, qual seria minha atividade de mais funcional? 6. Que nível de esforço estou realmente disposto a fazer para realizar o desejo? 7. Qual a demanda do mercado? Os objetivos devem ser elaborados detalhadamente para orientar as ações. Os objetivos indicam o que se deseja alcançar. Servem como alvos para os quais os esforços iram ser direcionados. É importante que os objetivos sejam:  Específicos;  Claros  Mensuráveis;  Situados no tempo;  Realistas mas desafiadores. Para orientar de forma mais prática os esforços, é fundamental dividir as estratégias em atividades e colocar datas em cada uma dessas atividades. Assim, tem-se os objetivos nas mãos para ir fazendo o que necessita ser feito. Tudo isto deve ser colocado no plano de ação, conforme a tabela a baixo. MEU PLANO DE CARREIRA ANÁLISE DO MERCADO OPORTUNIDADES AMEAÇÃS MEU PLANO DE CARREIRA MISSÃO PROFISSIONAL OPORTUNIDADES AMEAÇÃS . ESTRATÉGIAS PLANO DE AÇÃO ATIVIDADES DATAS OBSERVAÇÕES Bibliografia Farjado, Elias. A Paixão do Oficio. Editora Senac. Rio Janeiro. 1998. Kühne, Márcio. Em Busca da Autoconfiança. Editora Eko. Blumenau/SC. 1997