Graduada em Psicologia pela PUC/PR. (1992); Pós Graduada em Administração de Recursos Humanos pela UFPR.(1993); Mestre em Engenharia da Produção pela UFSC.(2002). Instrutora de treinamento no Senac – Curitiba. Desempenhei atividades acadêmicas, nas áreas de graduação, pós-graduação e ensino a distância. Capacitação para cuidadores e CMEI. Atualmente atuo com Orientação Vocacional e com Psicologia Clínica Infantil e Adulto.
quarta-feira, 4 de março de 2015
ESTRESSE
O stress é o resultado da adaptação de nosso corpo e nossa mente às mudanças, e por isso requer esforço físico, psicológico e emocional. Em certa medida, mesmo situações positivas podem produzir stress, quando são exigidas mudanças e adaptação. A mudança, em si, não é nenhuma novidade. Na verdade, é à base da evolução da humanidade.
Hoje o termo estresse corresponde a uma relação entre o indivíduo e o meio. Componente inevitável do atual modo de vida, principalmente nas grandes cidades de modelo ocidental, o stress é o conjunto das reações físicas e psíquicas do organismo aos fatores de agressão externa e às emoções, tanto positivas como negativas que exigem uma adaptação.
O médico canadense Hans Selye e o criador da moderna conceituação de estresse. Segundo o autor, "o estresse é o resultado de o homem criar uma civilização, que ele o próprio homem não mais consegue suportar".
O que provoca o estresse são os grandes problemas da nossa vida que, de modo agudo, ou crônico, nos lançam no estresse. Qualquer mudança em nossas vidas tem o potencial de causar estresse, tanto as boas quanto as más. O estresse ocorre, então, de forma variável, dependendo da intensidade do evento de mudança, que pode ir desde a morte do cônjuge, o índice máximo na escala de estresse, até pequenas infrações de trânsito ou mesmo a saída para as tão merecidas férias.
Certos eventos em nossas vidas são tão estressantes, que caracterizam a situação de trauma psíquico. Recentemente as ciências mentais reconheceram uma nova síndrome, batizada de Distúrbio de estresse pós-traumático, uma verdadeira doença, pertencente ao estudo da angústia.
O estresse tem três fases, que se sucedem quando os agentes estressores continuam de forma não interrompida em sua ação:
• A fase do alarme
Esta é a fase em que os estímulos estressores começam a agir. Nosso cérebro e hormônios reagem rapidamente, e nós podemos perceber os seus efeitos, mas somos geralmente incapazes de notar o trabalho silencioso do estresse crônico nesta fase.
• A fase de resistência
Se o estresse persiste, é nesta fase que começam a aparecer as primeiras conseqüências mentais, emocionais e físicas do estresse crônico. Perda de concentração mental, instabilidade emocional, depressão, palpitações cardíacas, suores frios, dores musculares ou dores de cabeça freqüentes são os sinais evidentes, mas muitas pessoas ainda não conseguem relacioná-los ao estresse, e a síndrome pode prosseguir até a sua fase final e mais perigosa:
• A fase de exaustão
Esta é a fase em que o organismo capitula aos efeitos do estresse, levando à instalação de doenças físicas ou psíquicas.
O estresse pode ser causador de uma série de doenças, que vão da asma, às doenças dermatológicas, passando pelas alérgicas e imunológicas. Na área do sistema digestivo, o estresse pode desencadear desde uma simples gastrite, até uma úlcera.
No campo somático, os sintomas comuns são: sensação de fraqueza e fadiga, tensão muscular elevada com cãibras e formação de fibralgias musculares, tremores, sudorese, dores de cabeça provocas pela tensão psíquica e enxaqueca, dores nas costas e nos ombros e braços, hipertensão arterial, palpitações e batedeiras, e até dores urinárias sem sinais de infecção.
Sintomas psíquicos nas ocasiões estressantes, e mesmo fora delas, manifesta-se uma gama de reações de ordem psicológica e psiquiátrica. Os problemas ansiosos com a sintomatologia clínica, além de irritabilidade, fraqueza, nervosismo, medos, ruminação de idéias, exacerbação de atos falhos e obsessivos, além de rituais compulsivos, aumentam sensivelmente. A angústia é comum e as exacerbações de sensibilidade com provocações e discussões são mais freqüentes.
Do ponto de vista depressivo, a queda ou o aumento do apetite, as alterações de sono, a irritabilidade, a apatia e adinamia, o torpor afetivo e a perda de interesse e desempenhos sexuais são comumente encontrados.
Para diminuir o devemos reformular a vida, procurando reduzir as áreas geradoras de estresse. Um bom psicólogo ou psiquiatra pode nos ajudar nesta tarefa.
Muitas vezes haverá a necessidade de um tratamento medicamentoso, geralmente através dos modernos antidepressivos ou ansiolíticos, sem data definida para finalizar o tratamento.
Quando já existe um quadro orgânico instalado, desde uma simples gastrite a busca de atendimento clínico é fundamental. A correção da alteração clínica é imprescindível. E esta pode ir de um simples a complexo tratamento ou resumir-se somente às necessárias mudanças do modo de viver, incluindo lazer ou uma pequena prática esportiva constante.
Mas, a principal atitude ainda é um alerta ao modo de viver e de trabalhar com as vivências e com as emoções que a vida nos proporciona.
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