O Transtorno do Déficit de Atenção
com Hiperatividade (TDAH) é uma doença, ou melhor dizendo um transtorno neurobiológico,
inicialmente vinculado a uma lesão cerebral mínima. Ela nasce com o
indivíduo; aparece já na pequena infância e quase sempre acompanha o indivíduo
por toda a sua vida. Ela se caracteriza por sinais claros e repetitivos de
desatenção, inquietude e impulsividade. Existem vários graus de manifestaçao do
deficit de atenção (Wikipédia).No DSM-IV-TR (2002, p. 112), as
características principais para diagnósticar o transtorno de défict de
atenção/hiperatividade consiste num padrão persistente de desatenção e/ou
hiperatividade-impulsividade, mais frequente e grave do que aquele tipicamente
observados nos indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento.Para
Brown (2007, p. 19), existe uma concepção errônea do transtorno do déficit de
atenção sobre o foco e força de vontade. È um mito pensar que o TDA é somente a ausência de força de vontade. As
pessoas com TDA conseguem enforcar muito bem as coisas que as interessam, elas poderiam
se realmente quisessem manter o foco em qualquer outro tipo de atividade. É um
fato falarmos que o TDA se parece realmente com um problema de força de
vontade, mas não é. Ele é essencialmente um problema químico nos sistemas de
gerenciamento do cérebro.
Atividade Reflexiva
Como é possível
alguém prestar tanta atenção em algumas coisas e, ao mesmo tempo, ser tão
incapaz de prestar suficiente atenção a outras tarefas que reconhece como sendo
importantes e que deseja desempenhar?
Alguns indivíduos
que sofrem cronicamente com a falta da habilidade de prestar atenção são
capazes de focar sua atenção perfeitamente em atividades que os interessam,
isto ocorre, porque possuem domínios nos quais conseguem prestar atenção sem
nenhuma dificuldade. A desatenção pode manifestar-se em situações escolares,
profissionais e sócias.
Os indivíduos com este transtorno podem não prestar muita atenção a detalhes ou podem cometer erros por omissão de cuidados nos trabalhos escolares ou outras tarefas. Os indivíduos com freqüência têm dificuldades para manter a atenção em tarefas lúdicas e consideram difícil persistir em tarefas até seu termino. Eles frequentemente dão a impressão de estarem com a mente em outro local, ou de não haver escutado o que recém foi dito (DSM-IV-TR 2002, p. 112).
Os indivíduos com este transtorno podem não prestar muita atenção a detalhes ou podem cometer erros por omissão de cuidados nos trabalhos escolares ou outras tarefas. Os indivíduos com freqüência têm dificuldades para manter a atenção em tarefas lúdicas e consideram difícil persistir em tarefas até seu termino. Eles frequentemente dão a impressão de estarem com a mente em outro local, ou de não haver escutado o que recém foi dito (DSM-IV-TR 2002, p. 112).
Outra
característica frequentemente encontrada em indivíduos com transtorno de
atenção é a falta de comprometimento em terminar uma tarefa. Este fato ocorre
devido à desatenção ou a dificuldade em compreender as instruções. Geralmente
estas tarefas são vistas como desagradáveis e acentuadamente aversivas, pois
exigem um esforço mental constante.
Os hábitos de
trabalho frequentemente são desorganizados e os materiais necessários para a
realização da tarefa com freqüência são espalhados, facilmente distraídos por
estímulos irrelevantes e habitualmente interrompem tarefas em andamento para
dar atenção a ruídos ou eventos triviais que em geral são facilmente ignorados
por outros. Eles frequentemente se esquecem coisas nas atividades diárias (DSM-IV-TR 2002, p. 112).
Brown (2007, p.75)
relata que algumas crianças portadoras da síndrome do TDA não são somente não
cooperativas, são intensamente opositoras – muitas vezes respondendo,
argumentando e comportando-se de modo extremamente exigente. Muitas delas são
rápidas em fazer escândalos memoráveis se não têm permissão para comer aquilo
que desejam. Muitas dessas crianças são também excessivamente presunçosas e
atrevidas com os pais e irmãos, agindo como se todos os seus desejos tivessem
de ser imediatamente satisfeitos.
O DSM-IV-TR (2002,
p. 121) vem apresentado os níveis de gravidade, como veremos abaixo.
· Leve:
poucos problemas de conduta – se existirem – excedendo
aqueles necessários pra fazer o diagnostico estão presentes, e os problemas de conduta
causam danos relativamente pequenos a outros.
· Moderado:
O numero de problemas de conduta e o efeito sobre os outros são intermediários
entre “leves” e “severos”.
· Grave:
Muitos problemas de conduta além daqueles necessários para fazer o diagnostico
estão presentes, ou os problemas de conduta causam consideráveis a outros.
Crianças com TDA
que convivem em ambientes estressantes, principalmente os pais que nunca
aprenderam a administrar com eficácia as atitudes dos filhos. Neste caso,
causaram sérios problemas à criança, também aos pais e as demais pessoas que
fazem parte do seu contexto.
O estudo de DuPaul demonstrou que essas crianças
pré-escolares com TDAH eram menos cooperativas, não somente com seus pais, mas
também com seus colegas de escola e professores Quando observadas em uma
situação livre de qualquer controle, em suas salas de aula, as crianças com
TDAH exibiram níveis significativamente mais elevados de comportamento social
negativos com seus colegas de classe. Os professores classificaram as crianças
com TDAH como exibindo, claramente, níveis mais baixos de cooperação social e
níveis mais elevados de problemas comportamentais, como também níveis elevados
de desatenção, hiperatividade e impulsividade (Brown 2007, p.76)
Outra pesquisa
realizada por Camphell em crianças em
idade pré-escolar difíceis de serem controladas por mau comportamento em casa
variava consideravelmente na qualidade de seus relacionamentos com colegas.
Algumas querem brincar com as outras crianças mais eram muito agressivas e
vigorosamente dominantes enquanto brincava, isto resultou que fossem ativamente
evitadas pelas outras crianças. Outras crianças que tinham dificuldades
consideráveis em casa eram capazes de agir de acordo com seu grupo de idade em
relação às demais, obtinham considerável prazer e apoio enquanto estavam com os
colegas de classe. Outras ainda, apesar de opositoras e difíceis de serem
controladas em casa, foram menos assertivas e relutantes com outras crianças.
Como resultados acabaram se isolando e, por terem evitado contato com seus
colegas, desenvolveram um nível menor de competência nos relacionamentos
sociais, conservando-se reticentes com relação às outras crianças (Brown 2007,
p.77).
Outra
característica importante do TDAH são os problemas de linguagem, que envolve
muito mais do que simplesmente o processo receptivo dos significados das
palavras. Existem duas categorias de transtorno de linguagem: no tocante ao
entendimento daquilo que as outras pessoas estão tentando comunicar (linguagem
receptiva) e relativamente à expressão dos próprios pensamentos e sentimentos
(linguagem expressiva) (Brown 2007, p.78).
Para Brown (2007,
p. 79), é comum as crianças com TDAH apresentarem problemas combinados
relacionados à audição, à fala e ao senso pragmático. Cada uma dessas
atividades de comunicação envolve as funções executivas. A audição não é uma
habilidade simples e passiva. Envolve receber e organizar ativamente
informações não verbais: palavras faldas, tom de voz, expressões faciais e
gestos apresentados pelo locutor. O ato de falar envolve a escolha ativa de
palavras, organizando-as em frases e sentenças, falando-as com fluência, volume
e tom de voz apropriada à compreensão das outras pessoas, utilizando expressões
faciais e gestos para enfatizar ou esclarecer alguns significados.
Problemas com
matemática e leitura, também fazem parte do diagnostico de crianças com TDAH.
Apresentam baixos desempenhos na leitura, advindos da dificuldade de manter á
atenção ou a persistência na reorganização das palavras no texto. Na matemática
a dificuldade pode envolver desde falta de atenção aos detalhes (por exemplo,
sinais de subtrair, adicionar, multiplicar ou dividir), como também as funções
da memória.
O transtorno de
déficit de atenção é difícil de ser diagnosticado em crianças com menos de 4 ou
5 anos, porque exigimos delas pouca atenção prolongada. Este comportamento
característico é apenas exigido quando a criança atinge uma idade maior.
O transtorno de déficit
de atenção é muito mais freqüente no sexo masculino. Muitos indivíduos podem
também apresentar QI elevado. Seu desempenho pode ser prejudicado pela
dificuldade que o indivíduo tem de manter a atenção.
O transtorno de
déficit de atenção/hiperatividade é encontrado com maior freqüência nos
parentes biológicos em primeiro grau. Estudos mostram a influência genética na
hiperatividade, impulsividade e desatenção. Entretanto o indivíduo também sofre
influencias da escola, da família e do contexto inserido.
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