sábado, 11 de janeiro de 2025

A IMPORTANCIA DO BRINCAR PARA A CRIANCA

Brincar é o verbo da criança. Brincar é a maneira como ela conhece, experimenta, aprende, apreende, vivencia, expõe emoções, coloca conflitos, elabora-os ou não, interage consigo e com o mundo. Ao lidar com determinado objeto (uma pedra, uma lata, um arco de madeira ou outra coisa qualquer) a criança procura, através de sua percepção mais imediata, sondar seus atributos, dando a ele significados que na grande maioria das vezes a leva a construir um brinquedo, que conduzirá suas ações e desencadeará uma brincadeira. O corpo é um brinquedo para a criança. Através dele, ela descobre sons, descobre que pode rolar, virar cambalhota, saltar, manusear, apertar, que pode se comunicar. Na brincadeira a criança aprende a conhecer a si própria, as pessoas que a cercam, as relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem (brincando de professora). É somente no brincar que a criança pode ser criativa e utilizar sua personalidade. Entre o perceber o objeto, sondar suas propriedades, construir o brinquedo e desenvolver a brincadeira existe toda uma gama de possibilidades de observar e trabalhar o lidar, o transformar, o interagir, o construir da criança. É importante que a criança possa brincar sozinha e em grupo, preferencialmente com crianças de idade próximas. Desse modo ela tem possibilidade, também, de ampliar sua consciência de si mesma, pois pode saber como ela é num grupo que é mais receptivo, num outro que é mais agressivo, num que ela é líder, num outro em que é liderada, etc. Lidando com as diferenças, ela amplia seu campo de vivências. Através da brincadeira é possível formar indivíduos com autonomia, motivados para muitos interesses e capazes de aprender rapidamente. Pois o brincar conduz aos relacionamentos grupais; o brincar pode ser uma forma de comunicação na psicoterapia. O psicopedagogo busca a comunicação da criança e sabe que geralmente ela não possui um domínio da linguagem capaz de transmitir as infinitas sutilezas que podem ser encontradas na brincadeira por aqueles que as procuram. Devemos comunicar-nos com as crianças através da brincadeira ou jogo e de algumas palavras simples que possam captar claramente, pois, o desenvolvimento infantil se encontra particularmente vinculado ao brincar, uma vez que este último se apresenta como a linguagem própria da criança, através da qual lhe será possível o acesso à cultura e sua assimilação. O brincar se apresenta como fundamental tanto ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança quanto à sua socialização, sendo um importante instrumento de intervenção em saúde durante a infância. Tipos de brinquedos Os brinquedos devem ser adequados ao interesse ás necessidades e ás capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a criança se encontra. Embora todas passem pelos mesmos estágios, a época e a forma como o desenvolvimento se processa pode variar bastante. Dos 18 aos 24 meses A criança começa a internalizar as ações realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas. Sua memória já esta ativa, desenvolve a capacidade de imitar e inicia assim o processo de representação mental que irá subsidiar o surgimento da brincadeira simbólica, o jogo de faz de conta que se estabelecerá na próxima fase. A criança já é capaz de correr e trepar. Começa a querer ser independente, fazer tudo sozinha mesmo que ainda não consiga. A água, a terra e a areia são os grandes atrativos. Brinquedos adequados: • Carrinhos ou outros brinquedos de puxar e empurrar; • Blocos de construção; • Brinquedos de desmontar (grandes); • Túnel para atravessar; • Cavalo de pau. • Carro ou bicicleta sem pedal; • Livros com ilustrações coloridas e simples; • Bolas. Aos 2 anos • Gosta de estar com outras crianças, mas ainda não brinca junto. Cada criança fará a sua atividade, podendo ou não uma imitar a outra. • Briga facilmente e disputa brinquedos; • Não gosta de emprestar seus brinquedos. Aos 3 anos • Começa a reconhecer e reconhecer cores e formas; • Tenta registrar seus pensamentos em desenhos; • Imita os adultos em seus afazeres; • Seu poder de imaginação vai aumentando gradativamente. Aos 4 anos Os desenhos são mais completos e elaborados; • Começa a brincar de médico, papai, mamãe, entre outros; • A linguagem verbal é bem desenvolvida; quer saber de tudo: nome, características, funcionamento. Gosta de livros, procura reconhecer figuras que estão no momento; • Explora o seu corpo e de outras crianças; • Brinca de forma cooperativa; • Amigos imaginários estão sempre presentes nas brincadeiras; • Gostam de usar fantasias como Super-homem, Mulher Maravilha, Barbie, Princesa etc. Aos 5 anos • Conhece todas as cores; • Começa a aceitar as regrar das brincadeiras, procura segui-las, mas pode trapacear para não perder; • O menino gosta de brincar de mocinho e bandido, tornando assim as brincadeiras mais agitadas e cheias de ação. • A menina já gosta de brincadeiras mais calmas, como as atividades domésticas e sociais; • As competições vão sendo mais freqüentes, mas ainda não consegue assimilar derrotas. Aos 6 anos • Gosta de vários tipos de jogos, quer ganhar sempre; • Consegue um jeito de trapacear para ganhar; • Gosta de brinquedos rudes; • Surgem novos relacionamentos com colegas e professores.

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