Graduada em Psicologia pela PUC/PR. (1992); Pós Graduada em Administração de Recursos Humanos pela UFPR.(1993); Mestre em Engenharia da Produção pela UFSC.(2002). Instrutora de treinamento no Senac – Curitiba. Desempenhei atividades acadêmicas, nas áreas de graduação, pós-graduação e ensino a distância. Capacitação para cuidadores e CMEI. Atualmente atuo com Orientação Vocacional e com Psicologia Clínica Infantil e Adulto.
sábado, 11 de janeiro de 2025
A IMPORTANCIA DO BRINCAR PARA A CRIANCA
Brincar é o verbo da criança. Brincar é a maneira como ela conhece, experimenta, aprende, apreende, vivencia, expõe emoções, coloca conflitos, elabora-os ou não, interage consigo e com o mundo.
Ao lidar com determinado objeto (uma pedra, uma lata, um arco de madeira ou outra coisa qualquer) a criança procura, através de sua percepção mais imediata, sondar seus atributos, dando a ele significados que na grande maioria das vezes a leva a construir um brinquedo, que conduzirá suas ações e desencadeará uma brincadeira.
O corpo é um brinquedo para a criança. Através dele, ela descobre sons, descobre que pode rolar, virar cambalhota, saltar, manusear, apertar, que pode se comunicar.
Na brincadeira a criança aprende a conhecer a si própria, as pessoas que a cercam, as relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem (brincando de professora).
É somente no brincar que a criança pode ser criativa e utilizar sua personalidade. Entre o perceber o objeto, sondar suas propriedades, construir o brinquedo e desenvolver a brincadeira existe toda uma gama de possibilidades de observar e trabalhar o lidar, o transformar, o interagir, o construir da criança.
É importante que a criança possa brincar sozinha e em grupo, preferencialmente com crianças de idade próximas. Desse modo ela tem possibilidade, também, de ampliar sua consciência de si mesma, pois pode saber como ela é num grupo que é mais receptivo, num outro que é mais agressivo, num que ela é líder, num outro em que é liderada, etc. Lidando com as diferenças, ela amplia seu campo de vivências.
Através da brincadeira é possível formar indivíduos com autonomia, motivados para muitos interesses e capazes de aprender rapidamente. Pois o brincar conduz aos relacionamentos grupais; o brincar pode ser uma forma de comunicação na psicoterapia.
O psicopedagogo busca a comunicação da criança e sabe que geralmente ela não possui um domínio da linguagem capaz de transmitir as infinitas sutilezas que podem ser encontradas na brincadeira por aqueles que as procuram.
Devemos comunicar-nos com as crianças através da brincadeira ou jogo e de algumas palavras simples que possam captar claramente, pois, o desenvolvimento infantil se encontra particularmente vinculado ao brincar, uma vez que este último se apresenta como a linguagem
própria da criança, através da qual lhe será possível o acesso à cultura e sua assimilação. O brincar se apresenta como fundamental tanto ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança quanto à sua socialização, sendo um importante instrumento de intervenção em saúde durante a infância.
Tipos de brinquedos
Os brinquedos devem ser adequados ao interesse ás necessidades e ás capacidades da etapa de desenvolvimento na qual a criança se encontra. Embora todas passem pelos mesmos estágios, a época e a forma como o desenvolvimento se processa pode variar bastante.
Dos 18 aos 24 meses
A criança começa a internalizar as ações realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas. Sua memória já esta ativa, desenvolve a capacidade de imitar e inicia assim o processo de representação mental que irá subsidiar o surgimento da brincadeira simbólica, o jogo de faz de conta que se estabelecerá na próxima fase. A criança já é capaz de correr e trepar. Começa a querer ser independente, fazer tudo sozinha mesmo que ainda não consiga. A água, a terra e a areia são os grandes atrativos.
Brinquedos adequados:
• Carrinhos ou outros brinquedos de puxar e empurrar;
• Blocos de construção;
• Brinquedos de desmontar (grandes);
• Túnel para atravessar;
• Cavalo de pau.
• Carro ou bicicleta sem pedal;
• Livros com ilustrações coloridas e simples;
• Bolas.
Aos 2 anos
• Gosta de estar com outras crianças, mas ainda não brinca junto. Cada criança fará a sua atividade, podendo ou não uma imitar a outra.
• Briga facilmente e disputa brinquedos;
• Não gosta de emprestar seus brinquedos.
Aos 3 anos
• Começa a reconhecer e reconhecer cores e formas;
• Tenta registrar seus pensamentos em desenhos;
• Imita os adultos em seus afazeres;
• Seu poder de imaginação vai aumentando gradativamente.
Aos 4 anos
Os desenhos são mais completos e elaborados;
• Começa a brincar de médico, papai, mamãe, entre outros;
• A linguagem verbal é bem desenvolvida; quer saber de tudo: nome, características, funcionamento. Gosta de livros, procura reconhecer figuras que estão no momento;
• Explora o seu corpo e de outras crianças;
• Brinca de forma cooperativa;
• Amigos imaginários estão sempre presentes nas brincadeiras;
• Gostam de usar fantasias como Super-homem, Mulher Maravilha, Barbie, Princesa etc.
Aos 5 anos
• Conhece todas as cores;
• Começa a aceitar as regrar das brincadeiras, procura segui-las, mas pode trapacear para não perder;
• O menino gosta de brincar de mocinho e bandido, tornando assim as brincadeiras mais agitadas e cheias de ação.
• A menina já gosta de brincadeiras mais calmas, como as atividades domésticas e sociais;
• As competições vão sendo mais freqüentes, mas ainda não consegue assimilar derrotas.
Aos 6 anos
• Gosta de vários tipos de jogos, quer ganhar sempre;
• Consegue um jeito de trapacear para ganhar;
• Gosta de brinquedos rudes;
• Surgem novos relacionamentos com colegas e professores.
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