segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

DISTURBIOS DO SONO

Sabemos que droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas de animais e de alguns minerais. Exemplo à cafeína do café, a nicotina do tabaco, o ópio da papoula e o THC da maconha. As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. As drogas são classificadas de acordo com a ação que exercem sobre o sistema nervoso central. Elas podem ser depressoras, estimulantes, perturbadoras ou, ainda, combinar mais de um efeito. Depressoras: Substâncias que diminuem a atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos mais lentos. Fazem parte desse grupo o álcool, os tranqüilizantes, o ópio (extraído da Papoula) e seus derivados, como a morfina e a heroína. Estimulantes: Aumentam a atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos mais rápidos. Excitam especialmente as áreas sensorial e motora. Nesse grupo estão às anfetaminas, a cocaína e seus derivados, como o crack. Perturbadoras: São substâncias que fazem o cérebro funcionar de uma maneira diferente, muitas vezes com efeito alucinógeno. Não alteram a velocidade dos estímulos cerebrais, mas causam perturbações na mente do usuário. Incluem a maconha, o haxixe, os solventes orgânicos (cola de sapateiro) e o LSD. Drogas com efeito misto: Combinam dois ou mais efeitos. A droga mais conhecida desse grupo é o ecstasy, que produz uma sensação ao mesmo tempo estimulante e alucinógena. Drogas e doenças infecciosas: O uso comum de seringas para a injeção de drogas é um dos principais meios de transmissão do HIV e do vírus da hepatite B e C. O uso nocivo da substância causa dependência física e psicológica na vida do portador. A dependência física consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da adaptação do organismo, independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestar-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens". Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento. Na dependência psicológica o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da droga. Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia. Esse fenômeno é comum em quase todos os dependentes e viciados. Requisitos Básicos da Dependência 1. Forte desejo ou compulsão para consumir a substância; 2. Dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo; 3. Estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los); 4. Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas; 5. Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa$ ou para se recuperar dos seus efeitos; 6. Persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de conseqüências manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de álcool, depressão conseqüente a período de consumo excessivo da substância ou comprometimento cognitivo relacionado à droga. A abstinência narcótica independente de sexo ou idade, na gravidez ou não, sempre que se suspendem de forma abrupta os narcóticos, poderá eclodir numa pessoa viciada nestas drogas, uma seqüência de sintomas que vão caracterizar a síndrome de abstinência narcótica. São eles: 1. As primeiras 4 horas de abstinência: Ansiedade, comportamento de procura da droga. 2. As primeiras 8 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral. 3. As primeiras 12 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares. 4. As primeiras 18-24 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da freqüência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, febre, dor abdominal. 5. As primeiras 24-36 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da freqüência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, febre, dor abdominal, diarréia, ejaculação espontânea, perda de peso, orgasmo espontâneo, sinais de desidratação clínica, aumento dos leucócitos sanguíneos, aumento da glicose sanguínea, acidose sanguínea, distúrbio do metabolismo. Codependência Para Roberto Ziemer pessoas que se sentem diferentes das outras pessoas, que tem grandes dificuldades para aceitar criticas e sentem-se sozinhos ou vazios quando não estão com outras pessoas. Acreditam que se pudessem mudar os outros, sua vida melhoraria. Estes sintomas fazem parte de um transtorno emocional chamado de codependência, que vem contaminando, em diferentes níveis, todos aqueles que vivem em nossa sociedade. De forma sintética, a codependência é a doença da perda da alma ou de nossa verdadeira identidade. É uma maneira de sobreviver a situações dramáticas e crescer em ambientes inseguros e dolorosos. Codependência é um transtorno emocional definido e conceituado por volta das décadas de 70 e 80, relacionada aos familiares dos dependentes químicos, e atualmente estendido também aos casos de alcoolismo, de jogo patológico e outros problemas sérios da personalidade. Codependentes são pessoas que vivem em função do portador, fazendo desta tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se úteis e com objetivos apenas quando estão diante do dependente e de seus problemas. São pessoas que têm baixa auto-estima, intenso sentimento de culpa e não conseguem se desvencilhar do portador. O que parece ficar claro é que os codependentes vivem tentando ajudar a outra pessoa, esquecendo, na maior parte do tempo, de cuidar de sua própria vida, auto-anulando sua própria pessoa em função do outro e dos comportamentos insanos desse outro. A codependência é mais evidente nos relacionamentos com pessoas importantes de nossa vida, com as quais compartilhamos algum nível de intimidade, ou com aquelas com quem nos sentimos inseguros ou ameaçados Os padrões de codependência Segundo Roberto Ziemer, sob a influência das regras de conduta estabelecidas pelos grupos com os quais convivemos, da qualidade de nossos primeiros relacionamentos e de nossa própria constituição psicológica, escolhemos papéis ou padrões de codependência que definem nossas escolhas, comportamentos e atitudes. Estes papéis têm a função tanto de encobrir o vazio de identidade, quanto o de dar algum significado à nossa percepção confusa ou distorcida de mundo. "Salvador" ou "Consertador" - a auto estima destas pessoas passa a depender da capacidade de ajudar ou "salvar" outras pessoas, especialmente as "vítimas", aquelas que não querem se responsabilizar pelos próprios problemas; "Agradadores" - estão sempre preocupados em agradar, pois não acreditam que as pessoas com as quais convivem possam achá-los interessantes - com base numa auto estima negativa os "agradadores" estão sempre se achando inoportunos ou impróprios; "Inadequados" ou "perdedores" - sentem-se como os "agradadores" - imperfeitos, "defeituosos", "errados" - mas desistiram de fazer qualquer esforço para agradar. Ao contrário, se envolvem em situações difíceis ou desastrosas apenas para confirmar o papel de "perdedores"; "Perfeccionistas" - acreditam que apenas serão amados ou reconhecidos se forem "perfeitos". Perfeccionistas são extremamente críticos e severos consigo mesmos e com os outros, o que gera relacionamentos conflituosos e estressantes; "Super-empreendedores" - são escolhidos como "heróis" da família, aqueles que irão encobrir as dificuldades, humilhações e derrotas do passado através de grandes feitos - tornarem-se cientistas renomados, empresários de sucesso, artistas conhecidos. Tem compulsão pelo trabalho, e pouco tempo para relacionamentos com outras pessoas ou consigo mesmo; "Narcisistas" - são extremamente inseguros e apresentam baixa auto estima, que encobrem com uma "fachada" de autoconfiança elevada e grande capacidade de manipular e iludir os "agradadores", "inadequados" e "super-empreendedores". Não aceitam ser questionados ou criticados, e precisam ser sempre o centro das atenções.. A mudança do outro Sempre que falamos em mudança, ficamos logo interessados em saber como podemos fazer estas rápidas mudanças e nem sempre são convenientes e adaptáveis ao dia a dia. Mudanças de atitude nem sempre são fáceis, exigem disciplina e comprometimento. È mais fácil pensar nas atitudes dos outros, do que nas nossas, pois não exigem energia e não causam dor. Conseguimos encontrar justificativas, interpretações, racionalizações para as atitudes comportamentais que tomarmos, que a princípio pode até nos levar a sentir uma ligeira culpa, do tipo: “eu não precisava ter falado neste tom...” ou “acho que fui muito rude, intransigente...”. Todavia, quando não se faz uma parada mais demorada sobre estas reflexões, percorre-se um caminho aparentemente mais confortável: acusar o outro, em grau leve, moderado ou crônico: “ele me levou a isso”; ou então: “ele é uma pessoa muito difícil”; “por que ele não muda?”. Ficar esperando a mudança do outro é o mesmo que esperar ganhar num sorteio: pode acontecer ou não. Quando isto vai acontecer, se é que vai acontecer? E enquanto não acontece, vamos deixar de ter paz no nosso ambiente de trabalho por que este outro, que convivemos diariamente, não realiza uma mudança de atitude que talvez nem seja conveniente para ele, e sim para quem deseja a mudança? Aprender a conviver com as pessoas como elas são faz parte de um programa pessoal de desenvolvimento da inteligência emocional. Isso não significa ser passivo, mas por outro lado, também não significa se isentar da responsabilidade de suas próprias ações. Se ficarmos mais atentos às nossas próprias atitudes e abertos às mudanças, sem dúvida estaremos convidando o outro a fazer o mesmo. A família responsável pelo portador O portador quase nunca se reconhece como um “doente”, apesar de sofrer psiquicamente, tornando assim imposta a sua condição de “paciente” que necessita de tratamento. Diante da condição de dependência, o portador necessita de acompanhamento permanente. Prestar cuidados às pessoas enfermas traduz uma das obrigações do código de direitos e deveres entre os integrantes da família consangüínea. Mesmo que redunde, em algum ganho ou prejuízo econômico, prover cuidado, figura como umas das atividades inerentes a tarefas familiares, da perspectiva do grupo familiar, foram ‘naturalizadas' como próprias da família. As famílias assumem uma parcela significativa de responsabilidade na prestação do cuidado ao portador. A família vem arcando com o cuidado que se volta para o controle e a prevenção das possíveis conseqüências. Entretanto, cuidar de adultos e de adultos dependentes, não é uma tarefa fácil. O cuidador necessita vencer possíveis resistências do portador, relacionadas aos valores e crenças que se vão estruturando no seu cotidiano. Dedicar-se ao cuidado não só demanda a execução de tarefas complexas, exige paciência e renúncia. Enfim, de mudança radical na vida de quem cuida. Geralmente, a função de cuidador é assumida por única pessoa, denominada cuidador principal, existindo uma tradição familiar para que esse cuidador seja mulher, encontrando-se esta, na maioria das vezes, já sobrecarregada por outras tarefas. Em muitos outros casos, o cuidador é também uma pessoa frágil, já em idade de envelhecimento ou em vias de ficar doente. Reconhecer estes sentimentos e declará-los abertamente num diálogo familiar pode ajudar a aliviar tensões, evitar rupturas e clarificar os papéis de cada um dos membros. Deste modo a família pode tornar-se numa equipa eficiente que poderá apoiar o trabalho dos terapeutas e o efeito da medicação. Conselhos à família: • Seja amigável, sereno e alegre. • Aceite a situação. • Reserve um tempo para o ouvir. • Trate-o com ternura. • Inclua-o e respeite-o. Evitar(especialmente numa crise): • Olhá-lo insistentemente nos olhos. • Impedir-lhe a passagem. • Ser arrogante, altivo ou hiper-crítico. • Encurralá-lo em situações em que não se sinta confortável. • Mostrar-se melancólico ou triste. • Contacto físico (tocar o doente) quando está zangado • Discutir com ele na presença de outras pessoas. • Falar demasiado ou dar sermões. • Ser intolerante, mentiroso ou demasiado exigente. • Gritar ou ser sarcástico. Referencia Biográfica DMS-IV-TR _ Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre. Artmed, 2002. Gerry Richard J. & Zimbardo Philip G. A Psicologia e a Vida. Porto Alegre: Artmed, 2005. Saúde Mental. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=23423. Acessado em 22.08.2007 http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?362, Acessado em 22.08.2007. Gil, Marta. Espaços de Inclusão. Disponível em http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2002/ede/edeimp.htm.Acessado em 28.08.2007. http://www.antidrogas.com.br/oquedrogas.php. Acessado em 14.04.08. Ziemer, Roberto. Disponível em http://www.plenitude.com.br/noticias/news/index_noticias.php?id=92. Acessado em 14.04.08

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