Graduada em Psicologia pela PUC/PR. (1992); Pós Graduada em Administração de Recursos Humanos pela UFPR.(1993); Mestre em Engenharia da Produção pela UFSC.(2002). Instrutora de treinamento no Senac – Curitiba. Desempenhei atividades acadêmicas, nas áreas de graduação, pós-graduação e ensino a distância. Capacitação para cuidadores e CMEI. Atualmente atuo com Orientação Vocacional e com Psicologia Clínica Infantil e Adulto.
quarta-feira, 12 de abril de 2023
domingo, 2 de abril de 2023
ANSIEDADE
Existem três emoções negativas mais importantes que produzem uma experiência emocional desagradável, como a ansiedade, a raiva e a tristeza. Estas são consideradas hoje em dia as emoções negativas que tendem a comprometer a saúde das pessoas. Por exemplo, em períodos de estresse, quando as pessoas desenvolvem muitas reações emocionais negativas, é mais provável que surjam certas doenças relacionadas com o sistema imunológico, como a gripe, herpes, diarréias, ou outras infecções ocasionadas por vírus oportunistas.
Dentro das emoções negativas, uma das reações emocionais que mais se destaca é a ansiedade, pois é um estado emocional, associado a múltiplos transtornos. Uma segunda emoção negativa que está sendo muito estudada é a raiva, por sua estreita relação com os transtornos cardiovasculares. Finalmente, a tristeza e sua representação psicopatológica, a Depressão, pelo fato desta se acompanhar, em geral, de altos níveis de ansiedade.
A ansiedade pode ser considerada como uma reação natural que se produz diante de certos tipos de situações na qual a pessoa necessitaria de recursos adaptativos extras. As situações onde se desencadeiam a reação de ansiedade têm em comum, em geral, a previsão subjetiva de possíveis conseqüências negativas para o indivíduo.
Quando a pessoa experimenta altos níveis de ansiedade, durante tempo prolongado, seu bem estar psicológico se encontra seriamente prejudicado, seus sistemas fisiológicos podem se alterar por excesso de solicitação, seu sistema imunológico pode ser incapaz de defender seu organismo, seus processos cognitivos podem se prejudicar, provocando uma diminuição do rendimento e, finalmente, a evitação das situações que provocam essas reações ansiosas pode comprometer sua vida sócio-ocupacional.
As tentativas de livrar-se da ansiedade nem sempre têm êxito, pois algumas pessoas que aparentam certa tranqüilidade podem estar desenvolvendo uma alta reatividade fisiológica. São pessoas obrigadas, pelo papel social que desempenham, a dissimular sentimentos diuturnamente, mas nem por isso significa que não estão, intimamente, experimentando tais emoções.
A ansiedade apesar de ser considerada uma reação emocional normal e que surge como resposta do organismo diante de determinadas situações, quando sua freqüência, intensidade ou duração forem excessivas, torna-se patológica. Psiquiatricamente a presença de forte estado ansioso, não somente pode ser a base dos denominados Transtornos de Ansiedade, mas também estar associada freqüentemente à depressão.
Muitos estudos vêm apontando os transtornos psicossomáticos como: transtornos cardiovasculares, digestivos, as cefaléias, a síndrome pré-menstrual, a asma, transtornos dermatológicos, transtornos sexuais, a dependência química, os transtornos da alimentação e debilidade do sistema imune.
As emoções negativas podem, por sua vez, determinar não apenas uma repercussão orgânica, como de vê em psicossomática, mas, sobretudo, uma repercussão psico-emocional. Neste caso, o excesso de ansiedade poderia se traduzir por Transtornos de Ansiedade. Atualmente as classificações internacionais (CID.10 e DSM.IV) reconhecem as seguintes manifestações clínicas da ansiedade patológica:
- Ataque de Pânico: caracteriza-se por crise súbita de sintomas de apreensão, medo intenso ou terror, acompanhados habitualmente de sensação de morte iminente. Aparecem também durante estes ataques, sintomas como palpitações, opressão ou mal estar torácico, sensação de sufocamento, medo de perder o controle, de ficar louco.
- Agorafobia: caracteriza-se pelo aparecimento de ansiedade ou comportamento de evitação de lugares ou situações de onde escapar pode ser difícil ou complicado, ou ainda de onde seja impossível conseguir ajuda no caso de se passar mal.
- Fobia específica: caracteriza-se pela presença de ansiedade clinicamente significativa, como resposta à exposição a determinadas situações e/ou objetos específicos temidos irracionalmente, dando lugar a comportamentos de evitação.
- Fobia social: caracteriza-se pela presença de ansiedade clinicamente significativa como resposta a situações sociais ou atuações em público, e também podem dar lugar a comportamentos de evitação.
- Transtorno obsessivo-compulsivo: caracterizam-se por obsessões que causam ansiedade e mal estar significativos, e/ou compulsões, cujo propósito é neutralizar a ansiedade. As obsessões são idéias involuntárias, recorrentes, persistentes, absurdas e geralmente desagradáveis que aparecem com grande freqüência sem que a pessoa possa evitá-las. As compulsões são comportamentos repetitivos e litúrgicos que se realizam em forma de rituais.
- Transtorno por estresse pós-traumático: caracteriza-se pela recorrência de experiências ou de acontecimentos altamente traumáticos, e comportamento de evitar os estímulos relacionados com a situação vivida como traumática.
- Transtorno por estresse agudo: caracteriza-se por sintomas parecidos com o transtorno por estresse pós-traumático que aparecem imediatamente depois de um acontecimento altamente traumático.
- Transtorno de ansiedade generalizada: caracteriza-se pela presença de ansiedade e preocupações excessivas e persistentes durante pelo menos seis meses.
- Transtorno de ansiedade induzido por sustâncias: caracteriza-se por sintomas proeminentes de ansiedade secundários aos efeitos fisiológicos diretos de uma droga, fármaco ou tóxico.
- Transtorno de ansiedade no especificado: existe para encaixar aqueles transtornos que se caracterizam por ansiedade ou evitação fóbica proeminentes, que não reúnem os critérios diagnósticos dos transtornos de ansiedade já mencionados.
Cigarro provoca mais ansiedade
A idéia de que o cigarro acalma os nervos parece estar distante da realidade dos fumantes que se justificam pelo efeito calmante do tabaco e nicotina. Pesquisa recente indica um aumento no risco de problemas de ansiedade em pessoas que fumavam, durante a adolescência, pelo menos um maço de cigarros por dia.
As pessoas ansiosas por natureza começam a fumar por pensarem que o cigarro vai acalmá-las e ajudar a se portarem adequadamente em situações sociais, mas isto na verdade não ocorre. Pesquisas levam por terra essa argumentação. Adolescentes que já tinham problemas de ansiedade não se tornavam, necessariamente, dependentes do cigarro. É possível que o cigarro torne as pessoas mais ansiosas porque afeta seu sistema respiratório ou, então, a nicotina seja geradora de ansiedade, arriscam.
Sabe-se que, causando ou não problemas de ansiedade, o tabaco é responsável pelo desenvolvimento de uma série de doenças. Vinte e cinco por cento das mortes causadas por doença coronariana, 85% daquelas causadas por doença pulmonar obstrutiva crônica e 30% das decorrentes de todos os tipos de câncer estão associados ao consumo do cigarro.
No Manual de Tabagismo do Dr. Luiz Fernando Pereira obtemos informações gerais das causas e problemas, bem como, técnicas que podemos usar para abandonar o vicio do cigarro.
A nicotina causa dependência por meio de processos biopsicossociais parecidos com os da cocaína, álcool e heroína. O cérebro dos viciados em nicotina tem grande número de receptores que dependem da nicotina para funcionarem bem. A nicotina atinge o cérebro em menos 10 segundos e causa liberação de dopamina, endorfinas, etc. Essas substâncias são responsáveis por sensações de prazer, melhora da concentração, melhora do humor e redução dos sintomas de abstinência. O dependente da nicotina aprende e acredita que o cigarro:
• “Preenche vazios internos”,
• “É companheiro”,
• Ajuda a lidar com o estresse,
• Ajuda a lidar com os sentimentos positivos ou negativos,
• Facilita as interações sociais e
• Leva a sensação de segurança.
Aproximadamente 30% dos adultos são fumantes e consomem mais de 7 trilhões de cigarros/ano. A alta porcentagem de fumantes se deve em parte:
• Ao poder de viciar da nicotina,
• A pouca orientação dos jovens quanto aos riscos do tabaco,
• A falta de aplicação das leis anti-fumo,
• A falta de legislação mais rígida proibindo o fumo,
• As mentiras divulgadas pela mídia
• E a grande facilidade para comprar o cigarro.
Fumar causa prejuízo a saúde
• Vasoconstricção e redução do fluxo de sangue para os tecidos,
• lesão do endotélio dos vasos,
• Aumento da agregação plaquetária,
• Aumento da pressão arterial,
• Aumento da freqüência cardíaca,
• Redução do colesterol bom (HDL),
• Redução da liberação do oxigênio para os tecidos (carboxihemoglobina),
• Aumento da acidez do estômago;
• Irritação e inflamação dos olhos, garganta e vias aéreas,
• Paralisação e destruição dos cílios das vias aéreas, dificultando e eliminação de muco e catarro,
• Aumento da produção de radicais livres que lesam as células,
• Aceleração da arteriosclerose.
• Triplica o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos e
• Má circulação nas pernas,
• Impotência sexual e
• Causa câncer na: boca, faringe, laringe, traquéia, pulmões, esôfago, estômago, rins, bexiga, colo do útero etc.
Fumo e doenças respiratórias
Fumar aumenta a queda da capacidade respiratória com a idade e aumenta o risco de problemas respiratórios como:
• Tosse, chiado e falta de ar,
• Bronquite crônica e enfisema
• Laringite (rouquidão),
• Infecções das vias respiratórias,
• Crise de asma.
Fumante passivo
As pessoas que estão próximas dos fumantes, especialmente em ambientes fechados, inalam mais de 400 substâncias que podem prejudicar a saúde. O fumante passivo tem maior risco de câncer de pulmão e infarto do miocárdio.
As crianças que convivem com pais fumantes tem maior risco de infecções respiratórias, bronquiolites, asma, otite e infecções da garganta (amigdalites). A gestante fumante tem maior chance de abortar, de ter filho prematuro, de baixo peso e de morte do filho no período perinatal.
O fumo passivo pode causar dor de cabeça, tontura, irritação dos olhos e nariz, aumento de problemas respiratórios, etc.
A dependência a nicotina é tão intensa que a maioria dos pacientes que sofrem infarto, derrame cerebral ou tem câncer voltam a fumar, após a alta hospitalar.
Parar de fumar significa melhora:
• Da capacidade física,
• Do gosto pelos alimentos,
• Do olfato,
• Redução do risco de câncer,
• Redução do risco de doenças cardiovasculares e respiratórias,
• Aumento da expectativa de vida,
• Na redução dos gastos com saúde,
• Da situação financeira por não comprar cigarros.
Tratamento para interromper com o vicio
Parar de fumar não é um ato isolado na vida. A sensação de perda é muito grande e o fumante deve encarar a cessação como uma oportunidade de fazer um balanço e modificar seus hábitos e estilo de vida. Apenas 5% dos fumantes conseguem parar de fumar por conta própria.
O tabagismo é uma doença crônica, e o fumante deve ser tratado como um dependente de drogas. A maioria dos fumantes necessitam de auxílio médico e muitos de remédios que reduzam a vontade fumar e os sintomas de abstinência. Muitos fumantes só conseguem parar de fumar após 3 ou 4 tentativas.
O tratamento do tabagismo se baseia em orientações, terapia, reposição de nicotina, com emplastro ou goma de mascar, para reduzir os sintomas de abstinência, uso de medicamentos que reduzam a vontade de fumar (bupropiona) e apoio de amigos, familiares e profissionais da saúde.
Como parar de fumar?
• Anote os motivos mais importantes que o levaram a parar de fumar.
• Anote as situações nas quais você fuma automaticamente,
• Modifique sua rotina e encontre alternativas para não fumar durante os gatilhos
• Marque o dia que ira parar de fumar
• Escolha um dia especial
• Evite dias agitados e estressantes
• Utilize a medicação que seu médico
• Reduza o número de cigarros fumados
• Limpe a casa, local de trabalho e carro. Jogue fora cinzeiros e isqueiros, acabe com o cheiro do tabaco
• Peça ajuda aos amigos e familiares.
Abstinência
O tabagista fuma para evitar os sintomas de abstinência. Esses sintomas surgem algumas horas após o último cigarro, atingem o pico em 2 a 3 dias e desaparecem depois de 2 a 4 semanas. As manifestações mais comuns da são:
• Ansiedade,
• Irritação,
• Insônia,
• Mal humor
• Desânimo,
• Dificuldade de concentração,
• Aumento do apetite e
• Vontade intensa de fumar
Como reduzir o estresse e driblar a vontade de fumar
• Pratique esportes e caminhadas
• Respire lentamente e profundamente
• Beba bastante água
• Coma alimentos leves
• Para não engordar pratique esportes e faça dietas mais saudáveis.
ANSIEDADE E OS TRANSTORNOS ALIMENTARES
Para Rosemeire Zago a ansiedade é uma das maiores dificuldades e o maior obstáculo para quem está querendo emagrecer, podendo estar diretamente relacionada com os Transtornos Alimentares.
Os quadros ansiosos mais patológicos podem ser classificados em vários transtornos e um deles é o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, que é um transtorno que visa um alívio da ansiedade. Como os comportamentos compulsivos tendem a ser repetitivos e contínuos, muitas vezes eles acontecem automaticamente, por isso que observar e ter consciência desses comportamentos pode ajudar a controlá-los. Esses comportamentos têm o objetivo de prevenir, reduzir ou aliviar o desconforto gerado pela idéia obsessiva, alguma situação temida ou, ainda, aliviar a ansiedade gerada por alguma situação.
São hábitos aprendidos por alguma gratificação emocional imediata que proporcionam. Mas, essa pseudo-gratificação emocional, seja pelo prazer ou alívio do desprazer, reforçará com que se repita sempre, mas com o tempo, depois desse alívio imediato, segue-se a culpa por não ter conseguido controlar-se. Mesmo assim, a gratificação inicial permanece forte, levando a repetição.
Por exemplo, a pessoa está ansiosa e come para aliviar sua ansiedade. Imediatamente há a gratificação com o alívio da ansiedade, que é relacionado com o ato de comer, mas passado algum tempo, sente culpa pela falta de controle por ter comido exageradamente. Isso a fará com que coma de novo, pois
registrou em sua mente que a comida tem a capacidade de aliviar
o que sente. É um círculo vicioso que pode ser rompido através da conscientização, tanto dos seus sentimentos, como dos comportamentos compulsivos.
Pessoas com comportamentos compulsivos sentem angústia ou ansiedade na ausência ou na impossibilidade em realizar a atividade compulsiva, fazendo com que se torne dependente dessas atitudes, podendo reservar um tempo significativo para tais realizações e comprometendo muitas vezes o trabalho, a vida familiar e afetiva.
Referencia Biográfica
DMS-IV-TR _ Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre. Artmed, 2002.
Kaplan & Sadock. Compendio de Psiquiatria – Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clinica. 9ª. Edição, Porto Alegre, Artmed.
Gerry Richard J. & Zimbardo Philip G. A Psicologia e a Vida. Porto Alegre: Artmed, 2005.
Saúde Mental. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=23423. Acessado em 22.08.2007
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?362, Acessado em 22.08.2007.
Tabagismo e Ansiedade. Disponível em http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol30/n6/221.html. Acessado em 22.04.08.
Zago, Rosimeire. Disponível em http://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/050404_psy_ansiedade2.htm. Acessado em 22.05.08.
http://ligapneumo.vilabol.uol.com.br/manual_tabagismo.htm. Acessado em 23.05.08.
http://www.ansiedade.com.br/ansiedade/ Acessado em 22.05.08.
sábado, 4 de fevereiro de 2023
CARREIRA E VIDA - ORIENTACAO VOCACIONAL
“A única maneira de saber os limites do possível é aventurar-se um pouquinho pelos caminhos do impossível”. (Athur Clarke)
Você pode perder seus medos mais íntimos e convier com suas inseguranças. Você pode se tornar uma pessoa bem sucedida. Você pode aprender todas as teorias e técnicas que desejar. Pode desenvolver habilidades sequer imaginadas e conseguir qualquer coisa que você realmente deseje. Entretanto, se você não tiver disciplina, comprometimento para correr atrás de seus sonhos, a vida pode ficar sem sentido e tornar-se fazia.
Para a maioria dos cientistas sociais, o trabalho esta ligado á própria origem do homem. Trabalhar é entrar numa corrida de obstáculos, onde o que está em jogo é a própria sobrevivência. O ser humano se distingue das outras espécies animais pela sua capacidade de produzir trabalho. Quando cruzamos a linha de chegada de um objetivo alcançado, estamos nos firmando como indivíduos, celebrando uma vitória.
No decorrer da vida profissional muitas vezes caímos involuntariamente em algumas armadilhas. Por exemplo, alguém que se dedica a uma atividade qualquer durante anos a fio, buscando apenas o sentido econômico. Um dia percebe que o tempo passou, e os sonhos também. Muitas vezes provocando sentimentos de vazio e perda.
SONHAR É PRECISO
Quando desejamos alcançar algo novo, ou sair da rotina, necessitamos antes de tudo sonhar e ter a alegria de viver.
“Eu não me engenho de corrigir e mudar minhas ideias,
porque não me envergonho de raciocinar e aprender”.
(Herculano)
Desmitifique seus sonhos. Converse com alguém que esteja com medo de alguma coisa e procure compreender as causas deste medo com fatos concretos. Perceberá que os medos na maioria dos casos são compostos de fantasmas e fantasias. São “pre-ocupações” com o futuro, ao invés de “ocupação” com o presente.
O desconhecido, trajetória do que está por vir é vivenciada com angustia do novo e da possibilidade do erro, da impotência para solucionar problemas e todas as ameaças que possam existir.
Dentro desta procura da auto realização no mundo profissional, existem pessoas que se destacam. Elas não trabalham apenas por trabalhar, para ganhar um salário. Elas buscam o prazer, a realização pessoal. Aquela sensação agradável de fazer o que gosta. Para elas no final do dia, quase sempre o cansaço se mistura a um sentimento de satisfação. Aves da Através do trabalho, ou melhor, paixão pelo seu oficio, se transformam e estão ajudando a transformar o mundo.
A carreira, as escolhas do trabalho, as opções profissionais. Tudo isto tem impacto imediato e significativo na qualidade de vida. O trabalho é umas das esferas mais importantes da vida e se não encontrarmos sentido nele ou se ele não trouxer resultados almejados, uma inevitável sensação de vazio e perda nos acompanhará. Uma vida realizada é consequência de um conjunto de ações, que combinam entre si, que são: trabalho, lazer e afeto.
PLANEJANDO SUA CARREIRA
O futuro tem a forma de um “X”. É assim, com uma cruzinha num formulário de vestibular, que um exército de mais de um milhão assinalam o curso. Assim é que começa muitas vezes o inicio de uma carreira.
A preocupação com a carreira ocorre quase sempre ás vésperas do vestibular. Raros são os jovens que se preocupam em discutir com antecedência, o que vão ser quando crescerem. A incerteza é angustiante. Optar por uma profissão é um processo trabalhoso. Para escolher uma profissão, antes de tudo, é preciso ouvir seu interior e planejar sua carreira.
Planejamento implica o desenvolvimento de um para realizar os objetivos e metas. Por isso o planejamento a envolve reconhecer a necessidade de ação, investigar e analisar as necessidades, desenvolver uma proposta de ação com base na investigação e na análise, e tomar uma decisão.
A CARREIRA ADMINISTRADA COMO UM NEGÓCIO
A carreira em si é um patrimônio a ser preservado. Um patrimônio que requer investimento, que gera renda, que traz retorno. É um negócio. Podemos descrever um negócio como algo que implica riscos, que busca excelência e necessita de recursos financeiros para alavancar.
Atividade Reflexiva
Luiz, 30 anos, é funcionário de uma empresa, ocupa hoje um cargo de supervisão e deseja crescer. Percebe-se que Luiz tem uma carreira e que almeja novos horizontes. O que ele necessita fazer para evoluir na carreira?
A carreira necessita ser administrada. Decisões erradas geram muitos atropelos no futuro. Um trajeto errado significa perdas. Em compensação, se acertar no planejamento e na execução das atividades essenciais da carreira o profissional chegará muito mais longe, obtendo retornos mais significativos.
Negócios precisam ser administrados, com:
Planejamento: analisando adequadamente a situação em que nos encontramos e definir os rumos a tomar (traçar metas e o que fazer para alcança-las) .
Organização: Estabelecendo funções, atividades, procedimentos de manuseio de informações necessários a que as tarefas cruciais para o sucesso da carreira seja realizada com a máxima eficiência.
Controlando: Medindo e analisando sistematicamente os progressos da carreira. Adotando práticas corretivas quando necessário e usando as avaliações de resultados, para tomar novas decisões que levem a evolução da carreira.
Organize-se par ir mais longe.
A desorganização dificulta a evolução da carreira. Siga os passos mais relevantes:
Responsabilidade: Todo profissional assume responsabilidade na vida. Isso é fundamental para fazer ligações efetivas com os outros, para apresentar serviços, aprender, produzir e crescer.
Atividades: Defina as atividades. Muitas pessoas se dedicam a atividades erradas ou dá mais ênfase a de menor importância, do esquecendo-se do essencial.
Tempo: É fundamental usar bem o tempo, seja na perspectiva do ciclo de vida da carreira, seja na perspectiva de um dia de trabalho.
Recursos: Faça um investimento para adquirir recursos para iniciar a carreira, tais como: curso idiomas, computador, celular e outros.
CRIANDO SEU SISTEMA DE INFORMAÇÃO PROFISSIONAL
Todo profissional necessita de determinadas informações para a formação da carreira. Uma boa ideia é a organizar material de interesse. Para organiza-lo:
1. Faça uma lista das informações que são úteis para a sua carreira;
2. Passe a recortar todo o assunto que lhe interessa nos jornais e revistas;
3. Arquive o material coletado de modo organizado para fácil localização;
4. Mantenha os arquivos atualizados.
CONTROLANDO OS ITENS FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO
Antes de tudo, mantenha sua mente ligada em resultados. Analise isto em termos quantitativos e qualitativos. Pergunte-se sempre:
Estou atingindo os resultados que almejava, dentro do tempo previsto?
As percepções dos acontecimentos que passa a nossa volta, e do rumo que tomam, se tornam um fator determinante na vida de qualquer profissional. Se o mesmo não sintonizar com o contexto atual, poderá tomar decisões inadequadas, sejam elas na vida pessoal ou profissional, desperdiçando tempo e energia.
Faz-se necessário ter uma visão adequada de si próprio. Este é outro fator importante para a domada de decisões eficientes. Muitas coisas podem não dar certo quando a pessoa superestima uma qualidade sua e faz uma estratégia baseada no talento que não tem. É fundamental saber o que podemos e o que não podemos realizar, quais são os pontos fracos e os pontos fortes.
É importante ter um esquema para tomar as decisões importantes a nossa carreira. As decisões estratégicas são capazes de afetar decisivamente o futuro. Conhecer bem a natureza é fundamental não só para reduzir o estresse da tomada de decisão, mas também para ampliar o grau de acerto.
As decisões estratégicas:
São voltadas para o futuro com prazos;
Geram riscos, já que não temos certeza;
Tem grande impacto sobre o direcionamento dos esforços e recursos;
Envolve análise, julgamento, informação, porque tudo isto produz uma estrutura lógica e racional para decisões mais seguras;
Envolvem intuição e sensibilidade.
As tomarmos decisões, precisamos levar em conta tudo isso e aceitar que:
É importante abstrair-se um pouco do presente e olhar o futuro;
É importante reduzir a incerteza e o risco mas é impossível elimina-los;
É necessário reduzir a incerteza e abandonar o que não foi selecionado;
É essencial, por fim, confiar na própria intuição e conhecer bem os próprios valores para fazer as escolhas.
UM ESQUEMA PARA DECIDIR
Análise do Mercado – Oportunidades e Ameaças
Análise de Si Mesmo – Seus Pontos Fortes e Fracos
Definição de Objetivos
Definição das Estratégias
Definição do Plano de Ação
O MERCADO TENDÊNCIAS – OPORTUNIDADES E AMEAÇAS
Antes de tomar qualquer decisão de carreiras, é fundamental que o profissional tenha a humildade de perceber que não pode tudo. Existe um mercado hoje globalizado, que necessita ser observado com cuidado. Este ambiente é que dita as regras do jogo. As características requeridas para um profissional, a evolução de uma determinada área, as rotas de sucesso entre outras.
A primeira coisa a fazer no planejamento da carreira é olhar para o ambiente externo e ver o que ele nos sinaliza. Ele vai nos apontar para onde ir e o que é vantajoso fazer. Deve-se analisar qual é a tendência do mercado, que vem para ficar e não o que é moda que é passageira.
O sucesso da carreira depende da qualificação. Por exemplo, o profissional pode ter sérias dificuldades para viajar de avião, uma qualificação/vantagem. Ao mesmo tempo, ter sérias dificuldades para viajar de avião, uma desqualificação/desvantagem.
Portanto, conheça seus pontos fortes que o tornam apto a uma atividade, e os pontos fracos características que trazem limitações para seu desenvolvimento.
CARACTERISTICAS QUE GERAM PONTOS FRACOS E FORTES
Qualificação Intelectual
Capacidade de Análise
Memória
Criatividades
Valores – Coisas que Você Acredita
Qualificação Emocional
Atitudes
Comportamento
Temperamento
Experiência Profissional
Empregos
Cargos e Atividades
Trabalhos Realizados
Dados Pessoais
Renda, idades, sexo, moradia, tipo físico e outros.
Precisa-se ter uma percepção adequada dos pontos forte e fracos, pois se não tiver, tende-se a estabelecer estratégias fundamentadas em premissas falsas. É importante ter consciência que os pontos fracos e fortes definem o objetivo desejado. Por exemplo, o que é ponto forte para o setor de vendas, pode não ser para a função de farmacêutico.
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha, sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo, nem a si mesmo, perderá todas as batalhas”.
(Sun Tzu)
QUAL É A SUA PAIXÃO PROFISSIONAL?
Qual é a atividade em que você daria o máximo de contribuição para as pessoas? Do que você realmente gosta? No que deseja realmente dedicar-se? São algumas perguntas chaves para definir sua carreira profissional.
Atividade Reflexiva
1. No que sou realmente competente?
2. Quais são as atividades e áreas em que poderei ter maior utilidade?
3. Do que realmente gosto?
4. O que é realmente compatível com meu contexto atual em termos de recursos e oportunidades?
5. Para as pessoas, qual seria minha atividade de mais funcional?
6. Que nível de esforço estou realmente disposto a fazer para realizar o desejo?
7. Qual a demanda do mercado?
Os objetivos devem ser elaborados detalhadamente para orientar as ações. Os objetivos indicam o que se deseja alcançar. Servem como alvos para os quais os esforços iram ser direcionados. É importante que os objetivos sejam:
Específicos;
Claros
Mensuráveis;
Situados no tempo;
Realistas mas desafiadores.
Para orientar de forma mais prática os esforços, é fundamental dividir as estratégias em atividades e colocar datas em cada uma dessas atividades. Assim, tem-se os objetivos nas mãos para ir fazendo o que necessita ser feito. Tudo isto deve ser colocado no plano de ação, conforme a tabela a baixo.
MEU PLANO DE CARREIRA
ANÁLISE DO MERCADO
OPORTUNIDADES AMEAÇÃS
MEU PLANO DE CARREIRA
MISSÃO PROFISSIONAL
OPORTUNIDADES AMEAÇÃS
.
ESTRATÉGIAS
PLANO DE AÇÃO
ATIVIDADES DATAS OBSERVAÇÕES
Bibliografia
Farjado, Elias. A Paixão do Oficio. Editora Senac. Rio Janeiro. 1998.
Kühne, Márcio. Em Busca da Autoconfiança. Editora Eko. Blumenau/SC. 1997
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
DISTURBIOS DO SONO
Sabemos que droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas de animais e de alguns minerais. Exemplo à cafeína do café, a nicotina do tabaco, o ópio da papoula e o THC da maconha. As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais.
As drogas são classificadas de acordo com a ação que exercem sobre o sistema nervoso central. Elas podem ser depressoras, estimulantes, perturbadoras ou, ainda, combinar mais de um efeito.
Depressoras: Substâncias que diminuem a atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos mais lentos. Fazem parte desse grupo o álcool, os tranqüilizantes, o ópio (extraído da Papoula) e seus derivados, como a morfina e a heroína.
Estimulantes: Aumentam a atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos mais rápidos. Excitam especialmente as áreas sensorial e motora. Nesse grupo estão às anfetaminas, a cocaína e seus derivados, como o crack.
Perturbadoras: São substâncias que fazem o cérebro funcionar de uma maneira diferente, muitas vezes com efeito alucinógeno. Não alteram a velocidade dos estímulos cerebrais, mas causam perturbações na mente do usuário. Incluem a maconha, o haxixe, os solventes orgânicos (cola de sapateiro) e o LSD.
Drogas com efeito misto: Combinam dois ou mais efeitos. A droga mais conhecida desse grupo é o ecstasy, que produz uma sensação ao mesmo tempo estimulante e alucinógena.
Drogas e doenças infecciosas: O uso comum de seringas para a injeção de drogas é um dos principais meios de transmissão do HIV e do vírus da hepatite B e C.
O uso nocivo da substância causa dependência física e psicológica na vida do portador. A dependência física consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da adaptação do organismo, independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestar-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens".
Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.
Na dependência psicológica o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da droga.
Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia. Esse fenômeno é comum em quase todos os dependentes e viciados.
Requisitos Básicos da Dependência
1. Forte desejo ou compulsão para consumir a substância;
2. Dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo;
3. Estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los);
4. Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;
5. Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa$ ou para se recuperar dos seus efeitos;
6. Persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de conseqüências manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de álcool, depressão conseqüente a período de consumo excessivo da substância ou comprometimento cognitivo relacionado à droga.
A abstinência narcótica independente de sexo ou idade, na gravidez ou não, sempre que se suspendem de forma abrupta os narcóticos, poderá eclodir numa pessoa viciada nestas drogas, uma seqüência de sintomas que vão caracterizar a síndrome de abstinência narcótica. São eles:
1. As primeiras 4 horas de abstinência: Ansiedade, comportamento de procura da droga.
2. As primeiras 8 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral.
3. As primeiras 12 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares.
4. As primeiras 18-24 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da freqüência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, febre, dor abdominal.
5. As primeiras 24-36 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da freqüência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, febre, dor abdominal, diarréia, ejaculação espontânea, perda de peso, orgasmo espontâneo, sinais de desidratação clínica, aumento dos leucócitos sanguíneos, aumento da glicose sanguínea, acidose sanguínea, distúrbio do metabolismo.
Codependência
Para Roberto Ziemer pessoas que se sentem diferentes das outras pessoas, que tem grandes dificuldades para aceitar criticas e sentem-se sozinhos ou vazios quando não estão com outras pessoas. Acreditam que se pudessem mudar os outros, sua vida melhoraria.
Estes sintomas fazem parte de um transtorno emocional chamado de codependência, que vem contaminando, em diferentes níveis, todos aqueles que vivem em nossa sociedade. De forma sintética, a codependência é a doença da perda da alma ou de nossa verdadeira identidade. É uma maneira de sobreviver a situações dramáticas e crescer em ambientes inseguros e dolorosos.
Codependência é um transtorno emocional definido e conceituado por volta das décadas de 70 e 80, relacionada aos familiares dos dependentes químicos, e atualmente estendido também aos casos de alcoolismo, de jogo patológico e outros problemas sérios da personalidade.
Codependentes são pessoas que vivem em função do portador, fazendo desta tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se úteis e com objetivos apenas quando estão diante do dependente e de seus problemas. São pessoas que têm baixa auto-estima, intenso sentimento de culpa e não conseguem se desvencilhar do portador.
O que parece ficar claro é que os codependentes vivem tentando ajudar a outra pessoa, esquecendo, na maior parte do tempo, de cuidar de sua própria vida, auto-anulando sua própria pessoa em função do outro e dos comportamentos insanos desse outro. A codependência é mais evidente nos relacionamentos com pessoas importantes de nossa vida, com as quais compartilhamos algum nível de intimidade, ou com aquelas com quem nos sentimos inseguros ou ameaçados
Os padrões de codependência
Segundo Roberto Ziemer, sob a influência das regras de conduta estabelecidas pelos grupos com os quais convivemos, da qualidade de nossos primeiros relacionamentos e de nossa própria constituição psicológica, escolhemos papéis ou padrões de codependência que definem nossas escolhas, comportamentos e atitudes. Estes papéis têm a função tanto de encobrir o vazio de identidade, quanto o de dar algum significado à nossa percepção confusa ou distorcida de mundo.
"Salvador" ou "Consertador" - a auto estima destas pessoas passa a depender da capacidade de ajudar ou "salvar" outras pessoas, especialmente as "vítimas", aquelas que não querem se responsabilizar pelos próprios problemas;
"Agradadores" - estão sempre preocupados em agradar, pois não acreditam que as pessoas com as quais convivem possam achá-los interessantes - com base numa auto estima negativa os "agradadores" estão sempre se achando inoportunos ou impróprios;
"Inadequados" ou "perdedores" - sentem-se como os "agradadores" - imperfeitos, "defeituosos", "errados" - mas desistiram de fazer qualquer esforço para agradar. Ao contrário, se envolvem em situações difíceis ou desastrosas apenas para confirmar o papel de "perdedores";
"Perfeccionistas" - acreditam que apenas serão amados ou reconhecidos se forem "perfeitos". Perfeccionistas são extremamente críticos e severos consigo mesmos e com os outros, o que gera relacionamentos conflituosos e estressantes;
"Super-empreendedores" - são escolhidos como "heróis" da família, aqueles que irão encobrir as dificuldades, humilhações e derrotas do passado através de grandes feitos - tornarem-se cientistas renomados, empresários de sucesso, artistas conhecidos. Tem compulsão pelo trabalho, e pouco tempo para relacionamentos com outras pessoas ou consigo mesmo;
"Narcisistas" - são extremamente inseguros e apresentam baixa auto estima, que encobrem com uma "fachada" de autoconfiança elevada e grande capacidade de manipular e iludir os "agradadores", "inadequados" e "super-empreendedores". Não aceitam ser questionados ou criticados, e precisam ser sempre o centro das atenções..
A mudança do outro
Sempre que falamos em mudança, ficamos logo interessados em saber como podemos fazer estas rápidas mudanças e nem sempre são convenientes e adaptáveis ao dia a dia. Mudanças de atitude nem sempre são fáceis, exigem disciplina e comprometimento. È mais fácil pensar nas atitudes dos outros, do que nas nossas, pois não exigem energia e não causam dor.
Conseguimos encontrar justificativas, interpretações, racionalizações para as atitudes comportamentais que tomarmos, que a princípio pode até nos levar a sentir uma ligeira culpa, do tipo: “eu não precisava ter falado neste tom...” ou “acho que fui muito rude, intransigente...”. Todavia, quando não se faz uma parada mais demorada sobre estas reflexões, percorre-se um caminho aparentemente mais confortável: acusar o outro, em grau leve, moderado ou crônico: “ele me levou a isso”; ou então: “ele é uma pessoa muito difícil”; “por que ele não muda?”.
Ficar esperando a mudança do outro é o mesmo que esperar ganhar num sorteio: pode acontecer ou não. Quando isto vai acontecer, se é que vai acontecer? E enquanto não acontece, vamos deixar de ter paz no nosso ambiente de trabalho por que este outro, que convivemos diariamente, não realiza uma mudança de atitude que talvez nem seja conveniente para ele, e sim para quem deseja a mudança?
Aprender a conviver com as pessoas como elas são faz parte de um programa pessoal de desenvolvimento da inteligência emocional. Isso não significa ser passivo, mas por outro lado, também não significa se isentar da responsabilidade de suas próprias ações. Se ficarmos mais atentos às nossas próprias atitudes e abertos às mudanças, sem dúvida estaremos convidando o outro a fazer o mesmo.
A família responsável pelo portador
O portador quase nunca se reconhece como um “doente”, apesar de sofrer psiquicamente, tornando assim imposta a sua condição de “paciente” que necessita de tratamento. Diante da condição de dependência, o portador necessita de acompanhamento permanente.
Prestar cuidados às pessoas enfermas traduz uma das obrigações do código de direitos e deveres entre os integrantes da família consangüínea. Mesmo que redunde, em algum ganho ou prejuízo econômico, prover cuidado, figura como umas das atividades inerentes a tarefas familiares, da perspectiva do grupo familiar, foram ‘naturalizadas' como próprias da família.
As famílias assumem uma parcela significativa de responsabilidade na prestação do cuidado ao portador. A família vem arcando com o cuidado que se volta para o controle e a prevenção das possíveis conseqüências. Entretanto, cuidar de adultos e de adultos dependentes, não é uma tarefa fácil. O cuidador necessita vencer possíveis resistências do portador, relacionadas aos valores e crenças que se vão estruturando no seu cotidiano. Dedicar-se ao cuidado não só demanda a execução de tarefas complexas, exige paciência e renúncia. Enfim, de mudança radical na vida de quem cuida. Geralmente, a função de cuidador é assumida por única pessoa, denominada cuidador principal, existindo uma tradição familiar para que esse cuidador seja mulher, encontrando-se esta, na maioria das vezes, já sobrecarregada por outras tarefas. Em muitos outros casos, o cuidador é também uma pessoa frágil, já em idade de envelhecimento ou em vias de ficar doente.
Reconhecer estes sentimentos e declará-los abertamente num diálogo familiar pode ajudar a aliviar tensões, evitar rupturas e clarificar os papéis de cada um dos membros. Deste modo a família pode tornar-se numa equipa eficiente que poderá apoiar o trabalho dos terapeutas e o efeito da medicação.
Conselhos à família:
• Seja amigável, sereno e alegre.
• Aceite a situação.
• Reserve um tempo para o ouvir.
• Trate-o com ternura.
• Inclua-o e respeite-o.
Evitar(especialmente numa crise):
• Olhá-lo insistentemente nos olhos.
• Impedir-lhe a passagem.
• Ser arrogante, altivo ou hiper-crítico.
• Encurralá-lo em situações em que não se sinta confortável.
• Mostrar-se melancólico ou triste.
• Contacto físico (tocar o doente) quando está zangado
• Discutir com ele na presença de outras pessoas.
• Falar demasiado ou dar sermões.
• Ser intolerante, mentiroso ou demasiado exigente.
• Gritar ou ser sarcástico.
Referencia Biográfica
DMS-IV-TR _ Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre. Artmed, 2002.
Gerry Richard J. & Zimbardo Philip G. A Psicologia e a Vida. Porto Alegre: Artmed, 2005.
Saúde Mental. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=23423. Acessado em 22.08.2007
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?362, Acessado em 22.08.2007.
Gil, Marta. Espaços de Inclusão. Disponível em http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2002/ede/edeimp.htm.Acessado em 28.08.2007.
http://www.antidrogas.com.br/oquedrogas.php. Acessado em 14.04.08.
Ziemer, Roberto. Disponível em http://www.plenitude.com.br/noticias/news/index_noticias.php?id=92. Acessado em 14.04.08
DEPENDENCIA QUIMICA
Sabemos que droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas de animais e de alguns minerais. Exemplo à cafeína do café, a nicotina do tabaco, o ópio da papoula e o THC da maconha. As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais.
As drogas são classificadas de acordo com a ação que exercem sobre o sistema nervoso central. Elas podem ser depressoras, estimulantes, perturbadoras ou, ainda, combinar mais de um efeito.
Depressoras: Substâncias que diminuem a atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos mais lentos. Fazem parte desse grupo o álcool, os tranqüilizantes, o ópio (extraído da Papoula) e seus derivados, como a morfina e a heroína.
Estimulantes: Aumentam a atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos mais rápidos. Excitam especialmente as áreas sensorial e motora. Nesse grupo estão às anfetaminas, a cocaína e seus derivados, como o crack.
Perturbadoras: São substâncias que fazem o cérebro funcionar de uma maneira diferente, muitas vezes com efeito alucinógeno. Não alteram a velocidade dos estímulos cerebrais, mas causam perturbações na mente do usuário. Incluem a maconha, o haxixe, os solventes orgânicos (cola de sapateiro) e o LSD.
Drogas com efeito misto: Combinam dois ou mais efeitos. A droga mais conhecida desse grupo é o ecstasy, que produz uma sensação ao mesmo tempo estimulante e alucinógena.
Drogas e doenças infecciosas: O uso comum de seringas para a injeção de drogas é um dos principais meios de transmissão do HIV e do vírus da hepatite B e C.
O uso nocivo da substância causa dependência física e psicológica na vida do portador. A dependência física consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da adaptação do organismo, independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestar-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens".
Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.
Na dependência psicológica o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da droga.
Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia. Esse fenômeno é comum em quase todos os dependentes e viciados.
Requisitos Básicos da Dependência
1. Forte desejo ou compulsão para consumir a substância;
2. Dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo;
3. Estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los);
4. Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;
5. Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa$ ou para se recuperar dos seus efeitos;
6. Persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de conseqüências manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de álcool, depressão conseqüente a período de consumo excessivo da substância ou comprometimento cognitivo relacionado à droga.
A abstinência narcótica independente de sexo ou idade, na gravidez ou não, sempre que se suspendem de forma abrupta os narcóticos, poderá eclodir numa pessoa viciada nestas drogas, uma seqüência de sintomas que vão caracterizar a síndrome de abstinência narcótica. São eles:
1. As primeiras 4 horas de abstinência: Ansiedade, comportamento de procura da droga.
2. As primeiras 8 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral.
3. As primeiras 12 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares.
4. As primeiras 18-24 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da freqüência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, febre, dor abdominal.
5. As primeiras 24-36 horas de abstinência: Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos freqüentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da freqüência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, febre, dor abdominal, diarréia, ejaculação espontânea, perda de peso, orgasmo espontâneo, sinais de desidratação clínica, aumento dos leucócitos sanguíneos, aumento da glicose sanguínea, acidose sanguínea, distúrbio do metabolismo.
Codependência
Para Roberto Ziemer pessoas que se sentem diferentes das outras pessoas, que tem grandes dificuldades para aceitar criticas e sentem-se sozinhos ou vazios quando não estão com outras pessoas. Acreditam que se pudessem mudar os outros, sua vida melhoraria.
Estes sintomas fazem parte de um transtorno emocional chamado de codependência, que vem contaminando, em diferentes níveis, todos aqueles que vivem em nossa sociedade. De forma sintética, a codependência é a doença da perda da alma ou de nossa verdadeira identidade. É uma maneira de sobreviver a situações dramáticas e crescer em ambientes inseguros e dolorosos.
Codependência é um transtorno emocional definido e conceituado por volta das décadas de 70 e 80, relacionada aos familiares dos dependentes químicos, e atualmente estendido também aos casos de alcoolismo, de jogo patológico e outros problemas sérios da personalidade.
Codependentes são pessoas que vivem em função do portador, fazendo desta tutela obsessiva a razão de suas vidas, sentindo-se úteis e com objetivos apenas quando estão diante do dependente e de seus problemas. São pessoas que têm baixa auto-estima, intenso sentimento de culpa e não conseguem se desvencilhar do portador.
O que parece ficar claro é que os codependentes vivem tentando ajudar a outra pessoa, esquecendo, na maior parte do tempo, de cuidar de sua própria vida, auto-anulando sua própria pessoa em função do outro e dos comportamentos insanos desse outro. A codependência é mais evidente nos relacionamentos com pessoas importantes de nossa vida, com as quais compartilhamos algum nível de intimidade, ou com aquelas com quem nos sentimos inseguros ou ameaçados
Os padrões de codependência
Segundo Roberto Ziemer, sob a influência das regras de conduta estabelecidas pelos grupos com os quais convivemos, da qualidade de nossos primeiros relacionamentos e de nossa própria constituição psicológica, escolhemos papéis ou padrões de codependência que definem nossas escolhas, comportamentos e atitudes. Estes papéis têm a função tanto de encobrir o vazio de identidade, quanto o de dar algum significado à nossa percepção confusa ou distorcida de mundo.
"Salvador" ou "Consertador" - a auto estima destas pessoas passa a depender da capacidade de ajudar ou "salvar" outras pessoas, especialmente as "vítimas", aquelas que não querem se responsabilizar pelos próprios problemas;
"Agradadores" - estão sempre preocupados em agradar, pois não acreditam que as pessoas com as quais convivem possam achá-los interessantes - com base numa auto estima negativa os "agradadores" estão sempre se achando inoportunos ou impróprios;
"Inadequados" ou "perdedores" - sentem-se como os "agradadores" - imperfeitos, "defeituosos", "errados" - mas desistiram de fazer qualquer esforço para agradar. Ao contrário, se envolvem em situações difíceis ou desastrosas apenas para confirmar o papel de "perdedores";
"Perfeccionistas" - acreditam que apenas serão amados ou reconhecidos se forem "perfeitos". Perfeccionistas são extremamente críticos e severos consigo mesmos e com os outros, o que gera relacionamentos conflituosos e estressantes;
"Super-empreendedores" - são escolhidos como "heróis" da família, aqueles que irão encobrir as dificuldades, humilhações e derrotas do passado através de grandes feitos - tornarem-se cientistas renomados, empresários de sucesso, artistas conhecidos. Tem compulsão pelo trabalho, e pouco tempo para relacionamentos com outras pessoas ou consigo mesmo;
"Narcisistas" - são extremamente inseguros e apresentam baixa auto estima, que encobrem com uma "fachada" de autoconfiança elevada e grande capacidade de manipular e iludir os "agradadores", "inadequados" e "super-empreendedores". Não aceitam ser questionados ou criticados, e precisam ser sempre o centro das atenções..
A mudança do outro
Sempre que falamos em mudança, ficamos logo interessados em saber como podemos fazer estas rápidas mudanças e nem sempre são convenientes e adaptáveis ao dia a dia. Mudanças de atitude nem sempre são fáceis, exigem disciplina e comprometimento. È mais fácil pensar nas atitudes dos outros, do que nas nossas, pois não exigem energia e não causam dor.
Conseguimos encontrar justificativas, interpretações, racionalizações para as atitudes comportamentais que tomarmos, que a princípio pode até nos levar a sentir uma ligeira culpa, do tipo: “eu não precisava ter falado neste tom...” ou “acho que fui muito rude, intransigente...”. Todavia, quando não se faz uma parada mais demorada sobre estas reflexões, percorre-se um caminho aparentemente mais confortável: acusar o outro, em grau leve, moderado ou crônico: “ele me levou a isso”; ou então: “ele é uma pessoa muito difícil”; “por que ele não muda?”.
Ficar esperando a mudança do outro é o mesmo que esperar ganhar num sorteio: pode acontecer ou não. Quando isto vai acontecer, se é que vai acontecer? E enquanto não acontece, vamos deixar de ter paz no nosso ambiente de trabalho por que este outro, que convivemos diariamente, não realiza uma mudança de atitude que talvez nem seja conveniente para ele, e sim para quem deseja a mudança?
Aprender a conviver com as pessoas como elas são faz parte de um programa pessoal de desenvolvimento da inteligência emocional. Isso não significa ser passivo, mas por outro lado, também não significa se isentar da responsabilidade de suas próprias ações. Se ficarmos mais atentos às nossas próprias atitudes e abertos às mudanças, sem dúvida estaremos convidando o outro a fazer o mesmo.
A família responsável pelo portador
O portador quase nunca se reconhece como um “doente”, apesar de sofrer psiquicamente, tornando assim imposta a sua condição de “paciente” que necessita de tratamento. Diante da condição de dependência, o portador necessita de acompanhamento permanente.
Prestar cuidados às pessoas enfermas traduz uma das obrigações do código de direitos e deveres entre os integrantes da família consangüínea. Mesmo que redunde, em algum ganho ou prejuízo econômico, prover cuidado, figura como umas das atividades inerentes a tarefas familiares, da perspectiva do grupo familiar, foram ‘naturalizadas' como próprias da família.
As famílias assumem uma parcela significativa de responsabilidade na prestação do cuidado ao portador. A família vem arcando com o cuidado que se volta para o controle e a prevenção das possíveis conseqüências. Entretanto, cuidar de adultos e de adultos dependentes, não é uma tarefa fácil. O cuidador necessita vencer possíveis resistências do portador, relacionadas aos valores e crenças que se vão estruturando no seu cotidiano. Dedicar-se ao cuidado não só demanda a execução de tarefas complexas, exige paciência e renúncia. Enfim, de mudança radical na vida de quem cuida. Geralmente, a função de cuidador é assumida por única pessoa, denominada cuidador principal, existindo uma tradição familiar para que esse cuidador seja mulher, encontrando-se esta, na maioria das vezes, já sobrecarregada por outras tarefas. Em muitos outros casos, o cuidador é também uma pessoa frágil, já em idade de envelhecimento ou em vias de ficar doente.
Reconhecer estes sentimentos e declará-los abertamente num diálogo familiar pode ajudar a aliviar tensões, evitar rupturas e clarificar os papéis de cada um dos membros. Deste modo a família pode tornar-se numa equipa eficiente que poderá apoiar o trabalho dos terapeutas e o efeito da medicação.
Conselhos à família:
• Seja amigável, sereno e alegre.
• Aceite a situação.
• Reserve um tempo para o ouvir.
• Trate-o com ternura.
• Inclua-o e respeite-o.
Evitar(especialmente numa crise):
• Olhá-lo insistentemente nos olhos.
• Impedir-lhe a passagem.
• Ser arrogante, altivo ou hiper-crítico.
• Encurralá-lo em situações em que não se sinta confortável.
• Mostrar-se melancólico ou triste.
• Contacto físico (tocar o doente) quando está zangado
• Discutir com ele na presença de outras pessoas.
• Falar demasiado ou dar sermões.
• Ser intolerante, mentiroso ou demasiado exigente.
• Gritar ou ser sarcástico.
Referencia Biográfica
DMS-IV-TR _ Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre. Artmed, 2002.
Gerry Richard J. & Zimbardo Philip G. A Psicologia e a Vida. Porto Alegre: Artmed, 2005.
Saúde Mental. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=23423. Acessado em 22.08.2007
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?362, Acessado em 22.08.2007.
Gil, Marta. Espaços de Inclusão. Disponível em http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2002/ede/edeimp.htm.Acessado em 28.08.2007.
http://www.antidrogas.com.br/oquedrogas.php. Acessado em 14.04.08.
Ziemer, Roberto. Disponível em http://www.plenitude.com.br/noticias/news/index_noticias.php?id=92. Acessado em 14.04.08
sábado, 30 de outubro de 2021
DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA ÓTICA DA ECOLOGIA
O mundo e um organismo vivo, sistêmico e em constantes mudanças. Sim vivo dinâmico e intenso. Devemos ver o mundo com uma visão de todo o universo, ou seja, devemos visualizá-lo com toda a sua complexidade.
Para Goldberg, Yunes & Freitas o meio ambiente ecológico é constituído por uma série de estruturas, encaixadas uma dentro das outras, representando os diferentes meio que o indivíduo transita, de forma direta ou indireta. Estes ambientes atuam como sistemas de influência na construção das suas identidades. Nesta abordagem, todos os ambientes estão inter-relacionados e o importante é a maneira como a pessoa interage dentro deles e com eles.
O individuo é um ser em constante crescimento e está se desenvolvendo a partir deste contato com o meio. Na verdade e uma relação de reciprocidade, um atuando sobre o outro constantemente e intensamente. Por isto falávamos que o homem e um Ser Bio-Psico-Social.
Dentro da abordagem ecológica do desenvolvimento humano, existem os sistemas que compõem e organizam o meio ambiente constituem-se pelo encaixe de estruturas concêntricas denominadas microssistemas, mesossistemas, exossistemas e macrossistemas, que compreendem, além dos comportamentos dos indivíduos.
O microssistema se refere aos ambientes em que o individuo convive mais diretamente, como a família, a escola ou o ambiente de trabalho. O mesossistema representa as inter-relações existentes entre dois ou mais ambientes (microssistemas) em que a pessoa participa de forma ativa. O Exossistema caracteriza-se por um ou mais ambiente que não envolvem a pessoa como um participante ativo, mais que exercem ou sofrem influência de eventos que acontecem no ambiente imediato em que à pessoa atua. O macrossistema se compõe de valores culturais, crenças, aspectos históricos, sociais, ideológicos que afetam os outros sistemas, caracterizando padrões generalizados e determinando propriedades especificas dos exo, meso e microssistemas (Goldberg, Yunes & Freitas).
A origem da palavra ecologia é grega, vem de oikos, que significa habitação, família e logia que significa dizer, ler, anunciar. Partindo deste principio podemos então ver com outros olhos a relação do ser humano com o meio onde ele vive. Habitamos muitos lugares, desde a nossa casa, cidade, pais, continente, planeta, universo (Goldberg, Yunes & Freitas). Percebe-se uma relação dinâmica entre o individuo e o meio ambiente, um interagindo com o outro. O homem constrói seu universo, habita os espaços e projeta ações, configurando um cenário social e cultural especifico de cada região (Goldberg, Yunes & Freitas).
REFLEXÃO:
Que tipo de individuo se forma em famílias em que não tem tempo para o diálogo ou para atividade em conjunto?
O fator mais importante de desenvolvimento do individuo e a família. É muito importante atentar para as relações existentes entre as crianças e os adultos que rodeiam o ambiente familiar. Hoje a família delega a escola o papel de educar, orientar. Papel este que lhe e dado por direito, porem não vivenciados, mostrando o quanto o sistema familiar esta falido. Os filhos muitas vezes influenciam muito mais os pais com suas idéias, crenças e valores.
Atualmente a escola parece estar de costas para comunidade e a família. Há falta de comunicação, de integração só vem a prejudicar o bom desempenho. Os pais estão ocupados com a vida profissional e delegam para escola o poder de formação de atitudes, crenças opiniões, valores, crenças e ideologias. A escola no atual contexto tem sido cada vez mais responsável pela educação de valores fundamentais para a humanidade. Valores tais como: amor, solidariedade, compaixão, respeito ao próximo e ao meio ambiente.
Vivemos na era em que tudo é possível, a era do individualismo, da violência e da apatia. Estamos vivendo um período de transição e mudança de valores, mas não podemos deixar de analisar que valores estão emergindo dessa nova sociedade pós-moderna: a descartabilidade: A apatia? A desigualdade? A arrogância? Devemos estar atento para atual contexto do desenvolvimento humano, pois, os novos indivíduos de hoje serão os responsáveis pelo futuro da humanidade.
Necessitamos criar e dar oportunidades as crianças e aos jovens de participarem de campanhas de solidariedade. Para Goldberg, Yunes & Freitas alguns dos nossos jovens serão capazes de examinar os acontecimentos locais e globais de forma crítica? Quantos perceberão as relações existentes entre suas vidas e o sistema econômico? Quantos conseguirão conhecer seu poder político individual e coletivo? Quantos terão consciência de si e de suas potencialidade?
PARA REFLETIR:
Poderíamos usar do desenho para desenvolver estas potencialidades nas crianças?
A atividade molar apresenta uma variável bastante complexa. Ela pode invocar objetos, pessoas e acontecimentos. Portanto o desenho pode e deve ser considerado um instrumento de grande valia. Observe os desenhos de uma criança após ter visitado o Zoológico. Eles representam todas as experiências vivenciadas pela criança naquele contexto. Um dos primeiros instrumentos de comunicação da criança e o desenho, pois através dele ela expressa suas idéias, sentimentos, percepções e descobertas.
Através do desenho a criança interage com o meio ambiente, experiência novas realidades e as compartilha com o meio. Portanto atividades de educação ambiental nas escolas são fundamentais para a sensibilização, possibilitando o resgate dos valores humanos. Complementando essa idéia, é essencial destacar a importância atribuída à imaginação para o desenvolvimento do indivíduo (Goldberg, Yunes & Freitas). Frente à importância do desenho para o desenvolvimento da criança, deve-se estimular esta linguagem desde cedo.
A abordagem ecológica vem mostrar a complexidade da interação do indivíduo com o meio ambiente, que vai desde os mais variados espaços mentais e sociais. Devemos nos conscientizar da importância da educação ambiental e do desenvolvimento humano munidos de sensibilidade, percepção dos ambientes onde estamos inseridos. Temos que desenvolver e praticar novas práxis educacionais para fazermos um mundo mais saudável, não nos tornando assim indivíduos alienados, mais sim, amáveis e comprometidos com o desenvolvimento ambiental.
domingo, 4 de julho de 2021
A Técnica e a Linguagem do Brincar
Ao iniciar na década de 20 o trabalho com crianças e bebes, Klein desenvolveu um novo instrumento de trabalho, e como ocorre no mundo cientifico, essas novas descobertas exigiram o uso de novas ferramentas. No caso da análise de crianças, a nova técnica foi o brincar, ou seja, as atividades lúdicas.
Diferentemente dos demais estudiosos da época, Melanie Klein considerava “o brincar” como um material suscetível de interpretação no quadro da situação transferencial. As brincadeiras podem representar simbolicamente suas ansiedade e fantasias, dando acesso à sexualidade infantil e à agressividade. Tratamos aqui o brincar como equivalente a expressões verbais, isto é, como expressão simbólica de seus conflitos inconscientes.
“O brincar é um cenário imaginário no qual a dimensão simbólica se faz presente, onde a criança busca reordenar-se frente ao mundo, buscando dominar por meio do jogo as suas experiências, reproduzindo ativamente aquilo que viveu passivamente”.
(Souza, 91)
Dica:
Realize com as crianças “A Brincadeira Improvisada”, você verá que elas expressarem conteúdos inconscientes de seu psiquismo, assim como os adultos o fazem nas expressões verbais.
Klein notou que as brincadeiras das crianças, os seus jogos, as historias e encenações que inventam, os desenhos que fazem, tudo enfim, podia ser visto e escutado, como se fosse o falar do adulto. Propôs desde que possamos falar com a criança em sua linguagem e de forma compreensível, as interpretações dadas a ela podem produzir um efeito profundo em seu psiquismo, proporcionando significativa melhora em sua vida social, emocional e intelectual (Viver Mente & Cérebro, 38).
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